A Diocese de Marília deve anunciar nos próximos dias a circular anual de transferência de padres para outras paróquias ou funções da igreja na região.
Como de costume, a comunidade católica fica na expectativa em relação às escolhas do bispo diocesano, dom Luiz Antônio Cipolini.
A começar pelos próprios padres, que nem sempre estão dispostos a trocarem suas paróquias por outras, por livre escolha do bispo.
O exemplo mais recente e notório da Diocese de Marília foi o do padre Wilson Luís Ramos, transferido a contragosto de Adamantina (SP) para Dracena (SP), em 2014.
Na ocasião, os paroquianos chegaram a fazer grande mobilização pela permanência do padre, que havia sido vítima de racismo.
Dom Luiz, por sua vez, manteve sua posição, a ponto de sair escoltado pela Polícia Militar da Matriz de Santo Antonio, em Adamantina (SP).
Sacerdotes ouvidos na condição de anonimato pelo Giro Marília afirmaram que as transferências também costumariam atender, preferencialmente, os interesses dos colegas mais veteranos.
“São homens que têm a empáfia como se fossem minibispos. Eles se julgam melhores administradores, que rezam mais e não se vêem nas paróquias mais pobres da diocese”, afirmou um dos padres.
Em circular publicada nesta sexta (23), o bispo argumenta que as transferências “em nenhum momento são arbitrárias ou determinadas unicamente por ele”.
Dom Luiz afirmou ainda seguir como critérios o Código de Direito Canônico e a legislação complementar da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
“Por isso, agradecemos a Deus pela disponibilidade dos padres que acolhem o pedido da Igreja para assumirem uma nova missão em nossa Igreja Particular e além fronteiras”, concluiu o bispo.