A Comissão Processante instaurada na Câmara de Marília para julgar a vereadora Sílvia Daniela D’Avila, a Professora Daniela, por quebra do decoro no caso da carteirada no trânsito, emitiu pela terceira vez notificação ara depoimento de dois oficiais da PM arrolado como testemunhas e marcou para terça-feira o depoimento da vereadora.
As duas medidas atendem uma ordem judicial em liminar expedida pela Vara da Fazenda Pública de Marília a pedido da vereadora, em processo que tramita sob sigilo, depois que a Comissão descartou ouvir as testemunhas por duas faltas a depoimentos.
Professora Daniela é acusada de usar o cargo de vereadora para intervenção da comandante da PM na cidade, tenente-coronel Márcia Cristal, durante a apreensão de seu veículo por uma blitz de trânsito na madrugada de 16 de setembro.
A liminar aponta cerceamento ao direito de defesa da vereadora na rejeição aos depoimentos. Os dois oficiais deveriam ter sido ouvidos no mesmo dia que a comandante.
Já a vereadora teve seu depoimento recusado porque a comissão considerou que já havia sua manifestação por escrito.
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O vereador José Carlos Albuquerque, presidente da Comissão, disse que adotou as medidas exigidas pela Justiça mas que a comissão vai recorrer para cassar a liminar e evitar os depoimentos.
Ele aponta risco de perda do prazo legal de apuração com medidas de adiamento dos trabalhos, como a ausência repetida das testemunhas.
Apesar de sua insistência para ser ouvida, a vereadora afirmou após depoimento da tenente Cristal que considera o caso esclarecido.
“A comandante confirmou tudo o que eu falei, que foi um telefonema para perguntar sobre a normativa policial que autoriza a liberação do carro mesmo com documento vencido em prazo de alguns dias”, disse a vereadora.
Além da apuração da conduta da vereadora na Câmara, a oficial é alvo de uma investigação na PM, que também apura a conduta do sargento Alan Fabrício Ferreira, responsável pela apreensão do veículo da vereadora.
