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Quase quatro meses após promessa, Brasil ainda não enviou arroz ao Líbano

Quase quatro meses após promessa, Brasil ainda não enviou arroz ao Líbano


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Brasil Econômico

Quase quatro meses após a  explosão em porto de Beirute que destruiu uma boa parte da cidade e afetou muitos libaneses, uma promessa feita pelo Brasil, mais especificamente pelo presidente Jair Bolsonaro, ainda não foi cumprida.

Bolsonaro prometeu enviar ao Líbano 4 mil toneladas de arroz, o que deveria ter sido feito emergencialmente para ajudar os afetados pela explosão, que deixou muitos sem casa, por exemplo.

Até esta sexta-feira (27), nem sinal da ajuda brasileira aos libaneses. A complexidade burocrática do envio das 4 mil toneladas de arroz, somada dificuldades políticas em Beirute, dificultam o cumprimento da promessa, feita em 9 de agosto por Bolsonaro . A explosão ocorreu cinco dias antes, em 4 de agosto.

Há esperança de que esse envio possa ocorrer entre dezembro e janeiro, mas nada está definido até o momento. A operação envolverá o Programa Mundial de Alimentação da Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por organizar o frete do arroz .

Governo já enviou material de saúde e alimentos em missão de Temer

Poucos dias após a explosão, o ex-presidente Michel Temer , descendente de libaneses e escolhido por Bolsonaro para lidar a missão brasileira no Líbano, viajou para Beirute para iniciar processo de cooperação.

Foram enviadas pelo Brasil 6 toneladas de insumos básicos de saúde, desde antibióticos até seringas e cateteres. Cerca de 100 mil máscaras cirúrgicas e 300 ventiladores pulmonares e alimentos também foram enviados.

Além disso, integrantes do setor privado brasileiro têm se movimentado e enviado nos últimos meses pacotes de ajuda. Até 4 de novembro, quando a explosão completou três meses, haviam sido enviadas 12 toneladas de remédios por via aérea, com a ajuda da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). 70 toneladas de suprimentos foram embarcadas por via marítima.