Marília

Trabalhadores vão discutir estado de greve na Nestlé de Marília

Trabalhadores vão discutir estado de greve na Nestlé de Marília

Uma assembleia de trabalhadores da Nestlé de Marília marcada para quinta-feira na sede do Sindicato da Categoria vai discutir proposta de estado de greve e outras medidas da campanha salarial.

A discussão é resultado de um impasse com o fechamento das negociações com a empresa. Marília foi a única unidade da Nestlé no Estado a rejeitar proposta de acordo apresentada pela indústria.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de Marília, Wilson Vidoto Manzon, um ofício com pedido de reabertura da negociação ficou sem resposta,

“Enviamos um ofício com pedido da reabertura de negociações em 48 horas e não tivemos resposta. No sábado divulgamos o edital da assembleia para quinta-feira. Se os trabalhadores decidirem assim vamos para proposta de greve no dia 14”, afirmou.

Vidoto explicou que pela Legislação a empresa ainda pode retomar as discussões e impedir a greve, mas a categoria precisa ter aprovado o estado de paralisação para adotar a medida.

“Pela legislação atual não pode haver paralisação se a empresa manifesta disposição de negociar, mas precisamos estar em estado de greve regulamentado”, explicou.

Diretor na federação Estadual da categoria, Wilson Vidoto foi voto vencido na rejeição do acordo. “Nem apareci para assinar, não concordei com a proposta. E os trabalhadores de Marília rejeitaram. Eu sou porta-voz dos trabalhadores”, disse.

A Nestlé ofereceu reajuste de 4,77% para os salários, tíquete de alimentação de R$ 380,00 e propostas de parcelamento dos valores de Participação em Lucros e Resultados.

Mas os trabalhadores acusam perda do tíquete após redução drástica, além de outros cortes de benefícios. Também criticaram valor e forma de pagamento do PLR. O acordo foi rejeitado por 74% dos trabalhadores.

“Os trabalhadores votaram a recusa da proposta. Precisam dar a continuidade, participar na assembleia e se for aprovada a proposta de greve ficar em casa, acompanhara formação das comissões. Greve tem que ser consciência e participação de todos”, disse Vidoto.