Marília

Saúde em Marília confirma terceiro caso de raiva bovina e faz alerta de prevenção

Saúde em Marília confirma terceiro caso de raiva bovina e faz alerta de prevenção

A Divisão de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde em Marília informou nesta sexta-feira a confirmação de mais um caso de raiva bovina, agora em propriedade rural no distrito de Rosália. É o terceiro caso registrado no ano e a cidade tem ainda 14 casos de óbitos não investigados e registrados como suspeitos da doença.

A raiva, uma vez instalada no sistema nervoso central, culmina com óbito do paciente em praticamente 100% dos casos, e o único tratamento viável consiste no uso preventivo e oportuno de soros e vacinas.

A vacinação de animais de produção é obrigação dos pecuaristas e produtores rurais, sob orientação e supervisão dos órgãos vinculados ao Ministério da Agricultura, principalmente em áreas onde se observa a espoliação dos rebanhos pelo morcego hematófago Desmodus rotundus, cabendo aos técnicos da Vigilância Epidemiológica e Divisão de Zoonoses do município a vigilância sobre os possíveis contactantes, e a imunização de animais de companhia, respectivamente.

O município executou campanhas de vacinação antirrábica por mais de 30 anos, o que determinou a redução drástica do número de casos de raiva urbana, mas a falta de fornecimento de vacinas pelo Ministério da Saúde a partir do ano de 2018 determinou a interrupção desse serviço.

Visando realizar a cobertura de foco nas áreas acometidas, a Secretaria Municipal da Saúde de Marília, conseguiu no mês de novembro acesso a 500 doses de vacina fornecida pela Delegacia Regional de Saúde, que foram utilizadas na vacinação de cães e gatos das propriedades rurais da área atingida.

O médico veterinário Lupércio Garrido informou que a secretaria municipal de saúde conseguiu mais 500 doses da vacina e que iniciará a imunização a partir de 04 de janeiro próximo.

Lupércio Garrido destacou novamente a importância de se manter imunizados os rebanhos em áreas onde se observa a ação de morcegos hematófagos, assim como os cães e gatos que, caso infectados, acabam representando grande risco de transmissão da doença ao ser humano.

“Lembro mais uma vez que a raiva não tem cura, por isso é necessário investimento nas medidas preventivas disponíveis e na vigilância ambiental tanto em áreas urbanas como rurais”, salientou.

As variantes do vírus rábico que circulam hoje no Estado de São Paulo têm origem em morcegos, independentemente de serem vampiros ou não, e isso determina uma sintomatologia pouco clássica em cães e gatos, que geralmente mudam de comportamento, se tornam arredios, com dificuldades para deglutir e se locomover.
Já os bovinos e equinos costumam apresentar salivação, dificuldades de locomoção e deglutição.