Marília

Riscos do Colapso – Entenda os perigos e problemas na lotação de hospitais

Riscos do Colapso – Entenda os perigos e problemas na lotação de hospitais

Marília enfrenta na última semana um recorde de internações e ocupações de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) destinadas ao atendimento em casos de Covid e síndrome respiratória grave investigada em meio à epidemia.

A lotação, que cria um risco de colapso no atendimento hospitalar, envolve diversos riscos que vão de transtornos para famílias e pacientes com transferência a outras cidades à sobrecarga de equipes, equipamentos e estrutura.

Além de todas as questões humanitárias, de saúde, atendimento e cuidados, a internação é também um dos critérios para regras de isolamento e restrições de mobilidade, que podem restringir autorização de funcionamento para setores da economia.

Entenda porque prevenir e procurar atendimento rápido para evitar internações é tão importante

Falta de estrutura
Os hospitais têm limites físicos e de estrutura em leitos, espaços, equipamentos de urgência e emergências.

A abertura de novos leitos envolve criar espaços físicos, obter equipamentos, EPIs, medicamentos em momento de desabastecimento e dificuldades em compras. UM exemplo recente é a dificuldade do governo federal em obter seringas e agulhas.

– Equipamentos e material em geral
Também é preciso ter respiradores, bombas de infusão, suplementos, EPIs. E mesmo que houvesse estoque e recursos fáceis para isso – o que não existe – é preciso ter equipes, com formação, preparação e condições de oferecer atendimento de forma ilimitada, o que não existe.

Os equipamentos também dependem de manutenção ou casos de substituição que são comprometidos pelo momento com excesso de buscas e pouca oferta no mercado.

Transferências
O SUS (Sistema Único de Saúde) regula a ocupação de leitos através de uma central, a Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) que localiza vagas disponíveis e promove o transporte.

Os casos mais graves envolvem dificuldades extras, mobilização de equipes e segurança do paciente. Um caso recente de problemas foi de um médico em Araçatuba que faria transferência por UTI aérea para São Paulo, abortada pelo agravamento do quadro de saúde.


Excesso de plantões, aumento de procura, condições físicas e psicológica de todas as equipes de atendimento e mesmo de gestão já estariam no limite pela duração da epidemia e aumento geral do trabalho após um ano de atividades.

É um quadro que se agrava com a lotação. Além disso, os profissionais têm famílias, situações de risco em parentes, filhos, dificuldades com transporte, acesso, alimentação.

Médicos, enfermeiros, pessoal de limpeza, alimentação e gestão também estão adoecendo, por Covid ou outros problemas, com perda de equipes.

Tanto os setores públicos quanto empresas privadas enfrentam dificuldades na contratação, manutenção, treinamento e oferta de equipes.

– Riscos de agravamento
Muitos dos casos de internação são provocados em situações de demora na procura pelo atendimento básico. A internação não dá garantia de cura. O ideal é ficar atento aos sintomas, buscar serviços o mais rápido possível.

Os testes não são garantia de imunidade. Um teste negativo pela manhã não impede contaminação logo depois.

– Vacinas
Mesmo que a vacinação comece em dezembro serão meses até que elas atinjam toda a população. Não há nem informação sobre a disponibilidade em serviços particulares.

– Prevenção
Prevenção com isolamento social, higienização da mãos com água e sabão sempre que possível, uso de álcool em gel e máscaras, evitar aglomerações ainda é a melhor medida