O aposentado A.C., 92 anos, morador do bairro Costa e Silva na zona sul de Marília, faleceu no dia 24 em Adamantina, para onde foi transferido com quadro grave de Covid-19 por falta de leitos na cidade.
Deixa a esposa, quatro filhos, foi sepultado sem direito às homenagens e despedidas de velórios, vetados em função da epidemia, e ignorado nos relatórios sobre a Covid na cidade.
Nascido em Severina, a 280km de Marília, na região de Olímpia, escolheu a cidade para viver, aqui casou e criar os filhos, dois homens e duas mulheres.
Familiares reagiram com indignação ao fato de o pai ser apagado dos boletins. O óbito não foi divulgado nem em Marília e nem em Adamantina.
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“Não sai nas divulgações, nós não conseguimos ver nem ter contato com paciente internado, Não tem velório, enterro com caixão lacrado, que já é uma dor que ninguém merece, e aí não divulga”, diz uma mensagem de um neto do paciente enviada ao Giro Marília.
O relatóirio sobre a transferência mostra que o paciente apresentava patologia pulmonar crônica e deu entrada no PA Sul no dia 12/01 às 16h com tosse, falta de ar e queda da saturação.
“O mesmo portava uma tomografia de torax com comprometimento pulmonar sugestivo de Covid e teste positivo pra Covid. Permaneceu no oxigênio, em uso de medicações e foi inserido na CROSS solicitado leito de UTI.” As 18h do dia 13 apresentou agravemnto do quadro clinico sendo necessário sua intubaçao. A vaga em Adamantina foi cedida às 18h30. Foi sepultado 11 dias depois no cemitério de Padre Nóbrega em Marília.
