O registro de oito mortes por Covid-19 divulgado nesta terça-feira pela Prefeitura de Marília inclui três casos que chamam atenção: dois pacientes que faleceram durante socorro no Pronto Atendimento da Zona Sul e um na UPA da Zona Norte, duas das principais portas de entrada no sistema antes de encaminhamento aos hospitais.
Em momento de sobrecarga e ocupação total de UTIS na cidade, a Saúde nega que as mortes tenham sido provocadas por fila de espera e diz que todos os pacientes foram recebidos com estrutura e equipes necessárias para estabilização.
Um homem com 60 anos de idade e outro com 77 anos estavam em atendimento no PA quando faleceram.
Segundo a Saúde, a unidade oferece toda a estrutura em ventilação, sistemas e equipes para casos de emergência e mesmo casos que envolvem encaminhamento para UTIs dependem de estabilização do paciente no local. Oficialmente eram quadro graves em que a estrutura não pode resolver.
Na UPA o paciente foi atendido e internado no dia 20 e permaneceu no leito de estabilização até o dia 22, segunda-feira, quando faleceu. Tinha 81 anos.
As duas unidades são apresentadas pela Saúde como estruturas de leito semi-intensivos e atendimento que permite aos pacientes sair já intubados para transferência nos casos mais graves. Foi assim nas oito situações em que Marília enviou pacientes para outras cidades.
São intubados no local, estabilizados e já vão intubados para hospital.
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NO domingo, o secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior, relatou em redes sociais um quadro de sobrecarga com superação no atendimento que salvou uma vida: um paciente sofreu AVC durante os procedimentos, foi estabilizado até a chegada do Samu e levado a um hospital.
O caso aconteceu em meio a um carga diferenciada de atendimentos e consultas que incluíram ainda dez casos suspeitos de dengue, além das suspeitas de Covid. Veja a íntegra do texto:
“Domingo em visita ao Pronto Atendimento da Zona Sul. Dia de verificar o movimento, entender as demandas, conversar com os profissionais da linha de frente e com a população.
Nossos profissionais são guerreiros, hoje tanto a UPA Norte como o PA Sul com muito movimento tanto na ala Covid (pacientes intubados aguardando transferência para hospitais) como na área de atendimento geral.
Só hoje pela manhã dez casos de suspeita de dengue e inúmeros pacientes suspeitos de covid.
E no meio desta correria toda, um paciente teve um AVC, não fosse a agilidade e presteza do nosso Samu teria ido a óbito! Assim é o dia a dia destes profissionais, que não se conformam com o descaso e irresponsabilidade com que parte da população trata e cuida da própria VIDA….”
