
A Associação Beneficente Hospital Universitário, mantenedora da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na zona norte de Marília, ampliou a estrutura de atendimento a pacientes com quadros de Covid, que passa a ocupar também espaço que era destinado a observação de casos não-Covid.
Á medida atende uma notificação da Secretaria Municipal da Saúde e eleva de sete para 15 os leitos de atendimento na unidade, que é uma porta de entrada para o sistema e distribuição a hospitais.
Mas a medida foi acompanhada por um ofício em que a UPA condena a medida, aponta uma notificação que teria sido enviada por telefone e informa que a UPA “não possui insumos (medicamentos, EPIs, rede de oxigênio no setor de observação, gases, funcionários, monitores, bomba de infusão) para essa ampliação”.
O ofício foi enviado também ao prefeito Daniel Alonso; à Direção Regional de Saúde; ao promotor de Justiça Isauro Pigozzi Filho, que acompanha o atendimento na epidemia, e ao procurador da República Luiz Antonio Palácio Fiulho.
Diz ainda que a instituição entende “o momento caótico que estamos vivendo” e pede que nenhuma medida seja adotada “sem a anuência do responsável técnico devido às consequências imensuráveis que poderão ocorrer”.
A UPA registra situações de pacientes que estão intubados e especializados na unidade à espera de leitos de UTI, com fila de espera para internação.
Na terça-feira a Saúde registrou o óbito de um paciente que passou dois dias na unidade, além de casos em atendimento no PA da Zona Sul.
“Não poderemos ser responsabilizados por decisões não pactuadas, uma vez que não concordamos”, diz o ofício da UPA.