
A Polícia Civil de Pompéia (30km de Marília) encerrou o inquérito policial aberto para investigar as mortes de Cristiane Pedroso dos Santos Arena e sua filha, Karoline, e enviou ao Ministério Público relatório em que indicia o psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato por duplo feminicídio e ocultação de cadáveres.
M.K>, filha mais velha de Cristiane e acusada de participação no crime, já foi condenada a internação sócio-educativa por três anos, além de avaliação psiquiátrica.
A investigação foi concluída sem novo depoimento do acusado. A Polícia havia pedido à Justiça a apresentação de Fabrício para esclarecimento de contradições.
A Justiça de São José dos Campos autorizou depoimento sem deslocamento de Fabrício, que poderia ser ouvido no presídio de Tremembé, onde cumpre prisão preventiva, ou por videconferência. O acusado teria o direito de permanecer calado.
Agora o Ministério Público de Pompéia fará análise do inquérito para decidir se pede novos procedimentos ou apresenta à Justiça uma denúncia formal contra Fabrício.
O crime provocou repercussão nacional pela violência, ocultação dos corpos e envolvimento de M.K.S.G., 16, filha mais velha de Cristiane com quem Fabrício mantinha relações.
Segundo os laudos do IML, Cristiane foi morta em novembro de 2020 com duas perfurações, provavelmente facadas, que provocaram hemorragia interna. Foi sepultada no quintal da casa.
Karoline morreu aproximadamente 20 dias depois com forte pancada na cabeça que provocou traumatismo craniano. Também foi sepultada na casa em que a família vivia.
Os corpos foram encontrados no dia 2 de fevereiro deste ano após informações sobre obras e serviços na casa realizados pelo próprio psicólogo.
Fabrício era casado com Cristiane desde 2015 em um romance relâmpago. As meninas receberam como padrasto como pai, usavam seu sobrenome.