Marília

Racha em sindicato vira processo administrativo e pode parar na Justiça em Marília

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Racha em sindicato vira processo administrativo e pode parar na Justiça em Marília

Um racha na diretoria do sindicato dos servidores municipais de Marília revelado em abril com a saída de uma diretora virou processo administrativo contra um dirigente da entidade e pode provocar suspensão do servidor mas projeta uma briga judicial sobre o caso.

Paula Guedes, ex-secretária geral do sindicato e servidora da Educação, anunciou em abril seu desligamento da entidade com críticas, acusações de privilégios e abandono das propostas de campanha. Nenhum procedimento foi aberto para apurar as denúncias da servidora em relação ao sindicato.

O caso foi para as redes sociais em uma longa mensagem da servidora e virou uma discussão em um grupo de Whatsapp. A partir desta discussão, Paula fez uma representação contra o diretor Luciano Cruz, servidor do Daem.

A Corregedoria do Município publicou nesta terça-feira uma portaria para abri processo contra o diretor com enquadramento em diversos incisos do Código de Ética que preveem inclusive exigências de condutas na vida privada.

Segundo a representação, na discussão pelo Whatsapp Luciano teria chamado a ex-dirigente de “canalha” e “ser desprezível” em resposta às manifestações que ela havia divulgado. O processo vai apurar “suposta  ofensa verbal e moral à outra servidora pública”, de acordo com a portaria e pode provocar suspensão de até 90 dias.

Luciano Cruz disse ao Giro Marília que tomou conhecimento da medida pelo Diário Oficial e achou “no mínimo estranho”. Disse que vai procurar orientação jurídica e até eventual medida judicial contra a instauração do processo.

“Bastante estranho. Vou procurar jurídico para responder e havendo caminho buscar até a anulação. Discussão em grupo privado, não causou prejuízo ao serviço público, não teve qualquer relação com situação funcional, atendimento. Causa mais prejuízo e despesa o processo em si”, afirmou.

Luciano disse ainda que estranha a abertura do processo por ser uma medida não adotada em outros casos tornados públicos de conflitos em grupos privados, muitas vezes envolvendo assessores de primeiro escalão.

“Estranho escolher um caso para isso. E tudo com base em uma lei que desde sua criação é conhecida na categoria como um código para calar a boca de trabalhadores.”

Afirmou ainda que em nenhum momento a discussão envolveu qualquer posição machista ou misógina e entende que se ele se excedeu nas reações o caminho para discutir o caso seria outro, até eventualmente judicial, mas sem qualquer influência no serviço público ou mesmo no dia-a-dia do sindicato.