Esportes

Ouro em Tóquio, Alana põe Marília de novo no pódio do protagonismo paralímpico

Ouro em Tóquio, Alana põe Marília de novo no pódio do protagonismo paralímpico Ouro em Tóquio, Alana põe Marília de novo no pódio do protagonismo paralímpico Ouro em Tóquio, Alana põe Marília de novo no pódio do protagonismo paralímpico Ouro em Tóquio, Alana põe Marília de novo no pódio do protagonismo paralímpico
Ouro em Tóquio, Alana põe Marília de novo no pódio do protagonismo paralímpico

Primeira judoca brasileira a conquistar o ouro em Jogos Paralímpicos, em Tóquio, na madrugada deste domingo (29) – pelo fuso horário brasileiro – a multicampeã Alana Maldonado entrou para a história do paradesporto brasileiro.

O feito da paratleta de Tupã (SP) não foi o único no paradesporto mariliense. Em 2016, no Rio de Janeiro, o corredor Daniel Martins subiu ao pódio como o primeiro deficiente intelectual do país a ser campeão na prova dos 400 metros.

Embora atue pelo Palmeiras desde 2017, Alana Maldonado é paratleta da Associação Mariliense de Esportes Inclusivos (Amei), a exemplo de Daniel Martins e Gustavo Dias, que competem nesta segunda (30) em Tóquio.

“Desta vez foi a Alana que escreveu a história. Ficamos muito felizes de fazer parte desses momentos históricos do esporte barasileiro”, afirmou o gestor da Amei, Levi Carrion, ao Giro Marília, neste domingo (29).

CAMINHO DO OURO

Com apenas 10% da visão, Alana Maldonado é paratleta da Amei desde 2014. Foi pela entidade mariliense que ela recebeu a convocação para Tóquio. Desde 2017, ela também defende o Palmeiras nas disputas convencionais.

Atual campeã e líder do ranking de sua categoria (até 70 quilos), Alana Maldonado fez valer seu favoritismo. Venceu por ippon a italiana Matilde Lauria na estreia e a turca Raziye Ulucam, na semifinal.

Já na decisão, bastou um waza-ari em Ina Kaldani, da Geórgia, para entrar para a história. Alana Maldonado vinha de uma prata na Rio-2016. “Não caiu a ficha ainda”, afirmou a paratleta, emocionada, ao SporTV.

REFERÊNCIA NAS PISCINAS

Antes das conquistas históricas de Alana Maldonado e Daniel Martins, Marilia já detinha o protagonismo olímpico da natação brasileira pelo feito do nadador Tetsuo Okamoto (1932-2007), nos Jogos de Helsinque, na Finlândia, em 1952.

Okamoto foi o primeiro nadador brasileiro a conquistar uma medalha. Levou o bronze nos 1,5 mil metros livres. Em 1951, ele já havia conquistado o primeiro ouro do país na primeira edição Pan-Americano, em Buenos Aires, na Argentina. Venceu os 400 metros livres.

DE OLHO NELA

Fundada em 2003 com o propósito de revelar novos talentos ao paradesporto, a Amei quase teve representatividade dupla nos tatames de Tóquio. Rebeca Silva não conseguiu a vaga na categoria acima de 70 quilos.

Paratleta de São Bernardo do Campo (SP), ela passou a integrar a equipe mariliense por indicação de Alana Maldonado. “Ela ficou encantada com o suporte e a organização, pediu para fazer parte de nossa equipe e nós a acolhemos”, contou Carrion.

“A Rebeca ‘bateu na trave’ desta vez. É uma judoca muito nova, de 20 anos, e que tem potencial muito grande. Com certeza é uma atleta que vai brigar para estar em Paris, em 2024”, apostou o gestor da Amei.