Uma reviravolta em caso policial de Ourinhos provocou a prisão de um subtenente e um cabo da Polícia Militar de Ourinhos acusados de matar um suspeito abordado no domingo em caso registrado inicialmente como legítima defesa durante tentativa de fuga da vítima.
O subtenente Alexandre David Zanete e o cabo João Paulo Herrera de Campos, ambos do 31º Batalhão e integrantes da Força Tática, informaram ter recebido uma denúncia de que um homem procurado pela Justiça por crimes de homicídio estava em uma casa na rua Moacir Cassiolato.
Os policiais teriam chegado ao local pela rua de fundos e avistado o suspeito. Segundo o registro da ocorrência, Murilo Henrique Junqueira fugiu ao ver os policiais.
Os PMs disseram que o suspeito correu por um terreno baldio em direção a um córrego, atravessou o curso de água e seguiu em fuga. Os policiais seguiram com a viatura e encontraram o suspeito em uma rua próxima.
No registro do caso, disseram que deram ordem de parada e para que os homem colocasse as mãos sobre a cabeça. Informaram que além de desobedecer, o homem sacou uma arma e fez um disparo.
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O subtenente atirou três vezes e o cabo fez um disparo. Os dois usavam pistolas marca Glock calibre .40. O suspeito estaria com uma pistola calibre 380. As três armas foram apreendidas e a Polícia Científica foi ao local.
Mas a versão oficial caiu no dia seguinte. Na segunda-feira a polícia Civil apresentou um pedido de prisão preventiva contra os policiais e a juíza Renata Ferreira dos Santos Carvalho, da 2ª Vara Criminal de Ourinhos atendeu.
Nem a PM e nem a Polícia Civil divulgaram informações sobre a medida, mas mensagens trocadas entre policiais indicam que um sistema de câmera de segurança na rua teria mostrado que a situação foi diferente do relatado.
A ordem de prisão foi cumprida na noite da segunda-feira e os dois policiais foram levados ao Presídio Militar Romão Gomes.
