
O Conselho de Disciplina aberto contra o sargento Alan Fabrício Ferreira, da Polícia Militar em Marília, rejeitou um pedido para acareação entre testemunhas no processo que pode provocar a demissão do policial acusado de má conduta na apreensão de um veículo em caso que ficou conhecido como carteirada no trânsito de Marília.
A defesa do sargento Alan terá prazo de cinco dias para apresentar os memoriais, ou seja, suas alegações finais no procedimento Alan Fabricio Ferreira foi responsável pela apreensão de um veículo da vereadora Sílvia Daniela D’Avila, a professora Daniela, em agosto de 2020.
Durante a apreensão recebeu um telefonema da então comandante do batalhão na cidade, Márcia Cristina Cristal Gomes, orientando a liberar o carro. A conversa foi gravada e parte do áudio circulou em redes sociais.
Alan foi afastado temporariamente, a comandante tirou licença e acabou transferida até sua aposentadoria – com promoção para Coronel -, a vereadora foi alvo de uma comissão processante arquivada e acabou reeleita.
O advogado Marcos Rogerio Manteiga, que defende o sargento, pediu ao Conselho a realização de acareação sobre depoimento do policial aposentado e ex-vereador José Carlos Albuquerque. Segundo a defesa, há conflito de in entre o procedimento na PM e uma Comissão Processante aberta contra a vereadora.
Em um despacho publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial, o Conselho Disciplinar entende que a questão não tem relação com a investigação sobre a conduta do sargento e não haverá acareação.
Mais de um ano depois, o caso ainda provoca outras situações de apuração. O advogado Manteiga foi condenado a indenizar a ex-comandante por ofensas em redes sociais – o caso está em recurso – e a defesa de Alan acusa um perito da Polícia Civil de irregularidades em um laudo sobre pneus do veículo.