Nacional

'É da natureza humana existir falhas', diz Queiroga sobre gestos obscenos

'É da natureza humana existir falhas', diz Queiroga sobre gestos obscenos


source

ministro da Saude, Marcelo Queiroga, comentou nesta terça-feira os gestos obscenos que fez em direção a manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro em Nova Iorque. Na avaliação dele, a falha faz parte da natureza humana. As declarações foram dadas em conversa com jornalistas na sede da pasta.

Perguntado sobre o ato, o cardiologista, primeiro, tergiversou, exaltando o trabalho do ministério no combate à pandemia. Depois, diminuiu a importância do ato e não respondeu se estava arrependido:

“Naturalmente, nós somos humanos e é da natureza humana existirem falhas. Tem aquela parábola clássica da Bíblia, em que Jesus disse: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”, disse Queiroga, que é católico. “Nós trabalhamos pelo Brasil. Nós sempre fazemos análise do que fazemos da maneira correta, do que podemos melhorar. É sempre um caminhar, um avançar”.

O ministro mostrou o dedo médio ao grupo que gritava palavras de ordem ao redor da comitiva presidencial em 20 de setembro, um dia antes de ser diagnosticado com Covid-19. O grupo estava de saída de uma recepção na cidade, onde Bolsonaro foi o primeiro a discursar na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Uma dezena de manifestantes chamou o presidente de “genocida” e de “assassino”, numa crítica à gestão da pandemia.

Leia Também

Queiroga voltou ao Brasil na segunda-feira após ficar em isolamento em Nova Iorque desde 21 de setembro. O teste de Covid do ministro deu negativo no domingo, quando anunciou o embarque. Um exame de RT-PCR havia dado positivo na sexta, o que impediu o retorno.

Além dele, outros três membros da comitiva brasileira foram contaminados: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e um diplomata do alto escalão que não teve a identidade revelada.

Durante a viagem, o cardiologista posou sem máscara ao lado do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos, e de Guimarães, entre outras pessoas.