
Projetos de reestrutura administrativa em Marília vão retirar da Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana) a gestão do cemitério da Saudade e do Terminal Rodoviário Intermunicipal, que deixam também de destinar para a empresa as taxas e outras fontes de renda.
A justificativa nos dois casos é reforçar o perfil da empresa como órgão focado na mobilidade urbana e adequar uma situação administrativa que é capenga: a Emdurb cuida das duas áreas com pouca estrutura, servidores cedidos e depende da administração para qualquer medida nos locais.
No caso da rodoviária, todos os serviços são prestados por servidores da administração central, sem qualquer vínculo com a empresa.
O projeto de reestruturação destaca ainda que a Emdurb depende de autorização da prefeitura para qualquer intervenção no espaço, o que amplia a burocracia em torno de qualquer decisão no local.
Já em relação ao cemitério, um ofício da Emdurb diz que “a parte administrativa é extremamente desfalcada” e que em situações especiais, como finais de semana, precisa deslocar servidores de outras áreas para atendimento gerando custos com horas extras e outros impasses.
A reestruturação não implica em criação de taxas ou caros, que só deverão ser realocados da Emdurb para a Prefeitura, especialmente a Secretaria de Limpeza e Meio Ambiente.
A mudança no foco de atuação da Emdurb acompanha ainda outras situações que reforçam a atuação da empresa no trânsito e criam fontes de recursos, como a exploração da zona azul digital e a previsão de reforço no sistema de fiscalização de trânsito.
Além de convênios já firmados que aumentam a atuação da Polícia Militar no controle do trânsito, a Emdurb prevê a instalação de sistemas de radares e controle de velocidade.
Chegou a lançar um edital para contratar os serviços, mas a licitação foi anulada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). A Empresa anunciou que pretende retomar o processo.