
Aparecida Grenci Bravos, uma das primeiras marilienses com nome registrado no cartório da cidade, faleceu na noite de domingo, aos 93 anos, em São Paulo, onde estava acompanhada por familiares.
Dona Cida, como era conhecida, nasceu em 22 de maio de 1928 na cidade, onde cresceu e ainda jovem foi trabalhar. Atuava na Casa das Novidades, m frente às oficinas do jornal Correio de Marília, na rua Prudente de Moraes, próximo à avenida Sampaio Vidal.
Pelo jornal teve contato com textos e histórias sempre empolgantes de um jornalista, que ainda longe, já fazia história na cidade: José Arnaldo Padilla Bravos. Trocaram cartas, ideias até a vinda dele em 1945. Casaram, tiveram e criaram seis filhos: José Claudio, Sueli, Paulo, Mário Marcio, Sergio Luiz e Salete.
Mulher brava na garra com que enfrentava os desafios, Dona Cida foi acolhedora com os filhos, amigos e todos que a procuravam, como jovens mães em busca de apoio para cuidados com recém nascidos: primeiros banhos e primeiros cuidados que ela distribuiu sem moderação.
José Arnaldo faleceu em 1999. Alguns anos depois, dona Cida deixou a cidade, primeiro para morar em Santos e depois em São Paulo.
Também foi ao exterior e em uma das viagens aos Estados Unidos reagiu indignada quando funcionários de uma companhia aérea quiseram que usasse uma cadeira de rodas em seu deslocamento no aeroporto.
Em um texto de 1982, o jornalista deixou uma homenagem à mulher em meio à sua história de vida. “Cida, minha esposa e companheira, que há mais de 34 anos está casada comigo, deu-me seis filhos maravilhosos e ajuda-me a suportar as intempéries da vida, de maneira estóica e comigo participa das alegrias dos momentos felizes, com a sinceridade e lealdade de uma verdadeira santa.”
Jornalista e advogado, o filho mais velho, José Cláudio Bravos, divulgou uma nota sobre o falecimento:
“Dona Cida, minha mãe querida, foi alçada por seu merecimento ao Nível Divino, ao finalizar da noite. Seu corpo deve chegar ao velório perto de 13h.
Uma das primeiras marilienses registradas no Cartório da Comarca, foi casada com o jornalista e herói de guerra José Arnaldo. Tiveram seis filhos, 18 netos e 20 bisnetos.
Tive a ventura de ser o mais velho. E irmão da Sueli, do fotojornalista Paulo Cesar, do Marinho, do Sérgio Luiz e da Salete.
E pai do seu primeiro neto e avô do seu primeiro bisneto, o médico Rafael Marangão.
Obrigado, mamãe.
Terei suas bênçãos eternas.
José Claudio Bravos”
A despedida foi marcada na sala 2 do Velório Municipal e o sepultamento às 16h em Marília.