O relatório final do inquérito sobre a morte do ajudante Daniel Ricardo da Silva, 37, baleado pelo coronel da reserva Dhaubian Braba Brauioto Barbosa, da Polícia Militar, aponta que o crime foi premeditado, sem chance de defesa e por motivo passional.
O documento enviado pela DIG (delegacia de Investigações Gerais) de Marília à Justiça, pede ainda que seja decretada a prisão preventiva do coronel, que hoje cumpre prisão temporária, como medida para garantir a tramitação do processo sem interferência.
O delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio, responsável pela investigação, aponta no documento que a forma como o crime foi cometido descarta a versão de legítima defesa e mostra que Daniel não teve chance de reação.
Daniel foi morto na manhã do dia 31 de outubro, domingo, quando entrava no motel Fênix, um dos empreendimentos de uma rede de motéis controlada pelo coronel.
Ex-detento, Daniel trabalhava no local como ajudante e vivia no quarto 19. O motivo do crime: Daniel mantinha um relacionamento amoroso com Adriana Luiza Silva, cabo da Polícia Militar, com quem Dhaubian vivia em união estável há quase dez anos.
O inquérito seguiu para o Ministério Público e será base para eventual denúncia contra o coronel pelo crime. Após a manifestação do MP a Justiça deve definir também se atende o pedido de prisão preventiva.