A Justiça de Tupã marcou para o dia 28 de setembro de 2022 a audiência de instrução no processo criminal em que o padre D.R.A., de Tupã, é acusado de manter material com pornografia infantil em sua casa.
A audiência deverá ouvir testemunhas de acusação e defesa, além do próprio padre. Vai acontecer mais de três anos depois da operação que revelou o caso, em julho de 2019.
Foi agendada para acontecer de forma virtual, mas pode ser transformada em audiência presencial caso haja mudança no cenário da pandemia de Covid-19. A decisão prevê ainda a apresentação de alegações finais após a audiência, o que encaminharia o caso para a decisão em primeira instância.
O CASO
O padre, que hoje tem 44 anos, foi detido no dia 10 de julho de 2019 acusado de manter arquivos com imagens de pornografia infantil. A polícia apreendeu ainda brinquedos e bonecas.
Admitiu que mantinha os arquivos mas disse que não compartilhava as imagens e que nunca praticou nenhum tipo de abuso sexual físico.
O caso foi revelado pouco mais de oito meses depois de ser ordenado padre – o que aconteceu em novembro de 2018 -. Desde então foi afastado das atividades na Igreja, mas segue vinculado à Diocese de Marília.
Um procedimento de investigação interno da Igreja Católica sobre o caso deve ser remetido ao Vaticano para decisão final da Congregação para a Doutrina da Fé que será responsável pela decisão sobre o caso.