Economia

Documento de novembro já alertava Guedes sobre "colapso" na Receita

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Documento de novembro já alertava Guedes sobre "colapso" na Receita


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Em ofício encaminhado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, no dia 5 de novembro, o ex-secretário Especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, já alertava para “colapso orçamentário”, “insuficiência de recursos orçamentários” e que isso poderia impactar “a prestação de serviços de sistemas informatizados que suportam a arrecadação tributária e o controle do comércio exterior”. A informação é da GloboNews.

Tostes foi demitido em dezembro, antes da aprovação do Orçamento de 2022 que cortou R$ 675 milhões para a gestão das soluções informatizadas da Receita Federal, como os softwares ligados à arrecadação e a gestão do Imposto de Renda.

O texto aprovado pelo Congresso reserva à Receita Federal pouco mais de R$ 1 bilhão no próximo ano, 51,5% menos que o previsto inicialmente na proposta orçamentária (R$ 2,1 bilhões).

Auditores ouvidos pela GloboNews defendem que o montante só mantém o Fisco de pé até maio de 2022. Segundo eles, nos últimos anos o orçamento médio da Receita Federal foi de R$ 2,6 bilhões. 

O corte fez com que 500 servidores do órgão entregassem o cargo até ontem . Hoje o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) vai se reunir para avaliar uma possível greve .

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A insatisfação se deu pela predileção do governo federal ante os policiais federais, que terão aumento em 2022. Só o reajuste terá impacto de R$ 1,9 bilhão no ano que vem, quase do dobro de todo o previsto para a Receita.

Eles também reclamam que a categoria aguardava pelo reajuste do chamado bônus de eficiência, congelado há cinco anos. “A Receita Federal não merece e não pode ser humilhada mais uma vez. Somente uma reação em uníssono da Casa pode mostrar ao mundo político a nossa força e o nosso poder de indignação”, diz a Sindifisco em um comunicado.