Uma medida adotada pelos funcionários públicos da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) para pressionar o Governo do Estado por melhores salários e condições de trabalho já está colocando em risco diversas atividades econômicas de Marília. O alerta é feito pelos contabilistas de Marília, que temem perdas de prazos irreversíveis para seus clientes, como o do próximo dia 31 de janeiro, quando vence o prazo do Simples Nacional e muitas empresas não estão conseguindo regularizar sua situação a tempo.
“Processos que levavam de dois a três dias estão levando de 45 a 60 dias e isso afeta não só a credibilidade dos contadores, pelo serviço parado e não entregue, como o futuro das empresas”, declarou o contabilista Laudo Vilela.
O Sindicato dos Agentes Fiscais de Renda do Estado de São Paulo (Sinafresp), os servidores estariam sem reajuste há cerca de sete anos. Já a Secretaria da Fazenda se justifica que os servidores estão atuando conforme a lei, que prevê prazo de até 120 dias para realização dos serviços.
A atitude de tornar moroso o processo como forma de protesto fez com que em dezembro o Sescon (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo) entrasse com um mandado de segurança coletivo para garantir atendimento mais rápido nos serviços prestados pela Secretaria da Fazenda.