Economia

Guedes quer que CGU divulgue indicações políticas no governo

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Guedes quer que CGU divulgue indicações políticas no governo


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O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu que a Controladoria-Geral da União (CGU) crie uma plataforma no portal da transparência que descreva quais cargos dentro do governo são de indicação política e qual o responsável que apadrinhou o nome. A informação é do jornal O GLOBO.

A ideia abarcaria todos os ministérios, bancos públicos, repartições e autarquias. Além do padrinho e do indicado, a plataforma também disponibilizaria os responsáveis por endossar aquela indicação.

“Isso é muito importante porque evidentemente a responsabilidade por atos, por falta de integridade eventual, é responsabilidade da pessoa que faltou com a integridade. Mas é importante que todos saibam quem cometeu o equívoco ou erro de indicar a pessoa inadequada para o cargo”, afirmou Guedes a um podcast do próprio Ministério da Economia divulgado em dezembro.

O ministro quer que o país se enquadre em padrões internacionais de práticas definidas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que participaria na elaboração do projeto. 

A CGU informou ao GLOBO que a solicitação de Guedes foi feita em reunião do Comitê Interministerial de Combate à Corrupção (CICC) e que está sendo analisada pela pasta. O Ministério da Economia não se manifestou. 

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Guedes se defendeu alegando que suas indicações são de caráter técnico, mas ressaltou a necessidade de dar transparência ao formular políticas públicas. 

“Eu não tenho vergonha de nenhuma indicação que eu tenho feito. Todos os secretários são escolhidos por mim e eu não tenho vergonha. O presidente também não se envergonha e não tem problema nenhum de que todas as indicações de ministros que ele tenha feito sejam transparentes”, disse ele ao jornal.

Um levantamento do GLOBO mostrou que o Centrão já comanda R$ 149,6 bilhões em recursos públicos. Um exemplo é a recente nomeação de José Gomes da Costa como presidente interino Banco do Nordeste (BNB), que teve a indicação apadrinhada pelo presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto.

Como alguns ministros do governo devem concorrer a cargos do Legislativo, é esperar uma reforma ministerial profunda ainda em 2022, o que abriria espaço para indicações políticas. Ao menos 11 integrantes do primeiro escalão devem deixar seus cargos, e a disputa pelas indicações para os cargos já começou.