Marília

Proteção para mãe de criança autista revela onda de casos judiciais por inclusão em Marília

Proteção para mãe de criança autista revela onda de casos judiciais por inclusão em Marília

A decisão judicial que autorizou uma servidora municipal a reduzir jornada para cuidar de um filho autista, divulgada pelo Giro Marília na semana passada, é a ponta do iceberg para a judicialização de inclusão social na cidade. Há mais casos e previsão de evolução da busca do Judiciário para resolver questões que a comunidade e os serviços públicos não conseguem.

O advogado Lucas Emanuel Ricci Dantas, 32 anos, presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Marília, diz que a situação é resultado da falta de compreensão e organização sobre direitos e necessidades das pessoas com deficiência.

Só no escritório em que o advogado atua são oito casos semelhantes em discussão judicial. Lucas Dantas diz que há mais e em diferentes formas de buscas de atendimento.

Para ele, a ausência de legislação municipal que acompanhe a legislação federal em relação à redução de jornada ou proteção especial ais pais, por exemplo, é um agravante para estes casos.

“Como não há legislação municipal com a previsão dos benefícios, só dá pra ser concedido o direito por via judicial”, diz o advogado.

Lucas Dantas disse ainda que o caminho para evitar a judicialização excessiva da inclusão social passa por organização dos serviços público e por conscientização da coletividade.

Um dos dilemas é superar os entraves na Educação, uma porta de entrada para a inclusão. “Posso afirmar que só cheguei onde cheguei porque fui incluído no sistema educacional”, conta o advogado.

Ele destaca a importância de toda comunidade conheça melhor as necessidades dos aluno com deficiência e suas famílias.