
Uma ronda da Emurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana) pelo centro de Marília nesta quarta-feira indica que a empresa Rizzo parking seguiu a determinação da Corregedoria da cidade que suspendeu o contrato de zona azul digital.
Segundo o presidente da Emdurb, Valdeci Fogaça, a ronda mostrou que não havia operação em parquímetros e nem agentes da empresa nas regiões das vagas de estacionamento rotativo.
Não há relatos sobre usuários que tenham sido cobrados por aplicativo. Um teste do Giro Marília no APP retornou mensagem de falha na operação.
A suspensão foi publicada no Diário Oficial de sábado com apontamento de uma série de irregularidades que teriam sido cometidas pela empresa na execução do contrato de concessão da zona azul.
O caso não é situação isolada na vida recente da empresa. Uma busca simples pela internet mostra que a Rizzo enfrenta disputa judicial para cancelamento do contrato em Patos (Paraíba) e até uma ação de despejo em Indaiatuba, sede da empresa.
O cancelamento em Patos virou discussão judicial após recurso da Rizzo contra decisão da Prefeitura, tomada em dezembro do ano passado. Um dos argumentos é a ligação da empresa com a Rizzo S/A, que estaria impedida de contratar com serviço público.
“Pesa sobre ela uma situação fático-jurídico com consequências que pode gerar a desconsideração da personalidade jurídica. Veja-se: Esta empresa faz parte de um holding de empresas. Adveio da cisão da empresa Rizzo S/A que é o sua maior acionista e única sócia. Todo seu patrimônio proveio da Rizzo Comércio e Serviço (Rizzo S/A), que em decorrência de cisão passou também a sua capacidade operacional, ou seja, em tese, a Rizzo S/A continua operando através da empresa Rizzo Parking and Mobility S/A”, disse o Tribunal de contas.
DESPEJO
Em Indaiatuba, o prédio onde funciona a sede da Rizzo é alvo de uma ação com liminar para despejo em 30 dias. Segundo a decisão do caso, a empresa comprou o prédio com dois diretores em 2020 para pagamento de sinal e financiamento, que não foi concretizado.
Os proprietários pediram o despejo com pagamento de perdas e danos. Deram à causa o valor de R$ 1,2 milhão, preço original do imóvel.