
O TRF 2 (Tribunal Regional Federal) da segunda região trancou a ação penal aberta por iniciativa do braço da Lava Jato no Rio de Janeiro contra o empresário Felipe Cogorno Alvarez, dono do conhecido Shopping China na fronteira do Paraguai com o Brasil.
O empresário era acusado de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e participação em organização criminosa. Teria ainda atuado para ajudar na ocultação de 500 mil dólares em apoio a outro investigado, o doleiro Dario Messer.
A medida acompanhou argumentos da defesa com atuação do advogado José Augusto Marcondes de Moura Jr, de Garça, que apontou incompetência da Justiça Brasileira para tratar de movimentação financeira no Paraguai.
“As condutas descritas na denúncia que ocorreram em território paraguaio não atraem a competência da Justiça Brasileira”, decidiu o TRF-2 no caso.
Marcondes atua em diferentes casos ligados à operação e em casos que já provocaram até investigações sobre decisões judiciais. Para ele, o caso vale como reflexão sobre o que chamou de momento “tenebroso” do judiciário com a Lava Jato.
“É de se lastimar o fato de pessoas serem denunciadas sem qualquer base legal. Denúncias ineptas, arbitrárias e que não correspondem a nenhum tipo penal. Vale como reflexão sobre o momento tenebroso que o Judiciário passou.”