O preparador físico Sílvio Cavalheiro, 44, nascido em Garça e formado em Marília, vive na Rússia as tensões, medos e dificuldades após bloqueios provocados em reação ao conflito com a Ucrânia. E já tentou voltar.
Cavalheiro está na Rússia para a terceira temporada de trabalho em um projeto que começou em 2013. É preparador em um time de futsal em Lyubersty, na região metropolitana de Moscou.
A esposa e filho estão no Brasil. Ele contou a veículos de informação que enfrenta dificuldades para enviar dinheiro e relata situações como forte censura a manifestações.
Chegou à Rússia pela primeira vez escolhido. Recebeu o convite e a proposta financeira valeu a pena em 2013. Voltou ao Brasil em 2016 e em 2018 teve curta temporada e em 2019 fez novo contrato.
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Disse ainda que no começo do conflito pediu dispensa para retornar ao Brasil mas foi convencido a ficar. E o campeonato realmente não teve qualquer mudança. “O dia-a-dia nosso não mudou nada. A gente continua trabalhando. O campeonato russo não mudou nada.”
As dificuldades estão nos bloqueios impostos, que incluem desde aplicativos de contato com a família até remessa e movimentação de dinheiro. “Voltar ao Brasil a gente pensa a todo momento”, conta o preparador, que aponta ainda a dificuldade em falar sobre o tema na Rússia.
Segundo ele, o país não trata a situação como guerra, mas como uma operação militar. E é proibido fazer manifestações – físicas ou em redes sociais – contra o conflito.
Diz ainda que os russos ainda não sentem tanto impacto econômico das sanções, mas que grande parte de lojas de marcas estrangeiras já estão fechadas e prevê muitos empregos perdidos.
