Pais de alunos, estudantes, educadores, integramntes da igreja Bola de Neve e a comunidade no entorno da Escola Estadual Antonio Augusto Neto, na zona sul da cidade, promoveram no sábado o Dia D de cuidados com a unidade que enfrenta anos de falta de repasses após um caso de irregularidades na prestação de contas por ex-dirigente.
O grupo fez serviços de limpeza interna e externa, retirada de mato e outras formas de sujeira, limpeza de guias e calçadas e coleta de material para reciclagem.
Houve também roda de conversa sobre a situação da escola, as ações da Associação de Pais e a pressão sobre o governo do Estado que arrasta promessas de regularização sem solução para a escola. Os pais acusam abandono.
A escola entra em 2022 no oitavo ano de crise. Em setembro do ano passado recebeu uma visita do secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, com promessas de medidas para regularizar repasses e financiamento.
Em 2014, alguns gastos irregulares que envolviam atér denúncias de compras pessoais de uma ex-diretora da unidade com recursos da associação de pais provocou rejeição das contas do fundo da educação e a escola perdeu direito a recursos.
O governo do Estado tem feito então recursos direcionados para manutenção e medidas de ensino mas a escola aponta incapacidade de investir, modernizar, organizar eventos, atividades extracurriculares ou contratar serviços de manutenção do prédio.
Rossieli Soares recebeu na época uma carta dos pais e alunos relatando os problemas. Seis meses depois, no mutirão, a comunidade ampliou a cobrança, inclusive nas redes sociais.
Em mensagem para responder uma publicação do secretário, pais de alunos questionam o abandono.
“E quanto À escola Antonio Augusto Neto?”, diz o texto que aponta ainda uma escola “em processo progressivo de abandono, precarização e sucateamento implorando por socorro e atenção”.