
A Santa Casa de Marília trouxe para a cidade uma ação nacional de pressão para investimentos públicos de R$ 17,2 bilhões anuais em suporte para finanças de hospitais filantrópicos em todo o país. A campanha diz que o setor vive a maior crise da história e que o movimento busca sobrevivência dos hospitais.
A discussão envolve suporte para atender uma demanda histórica da enfermaria: a discussão de um projeto de lei a implantação de um piso salarial de R$ 4,7 mil para enfermagem agrava o problema, segundo os hospitais, que em vídeo defendem a valoirização de todas as categorias com suporte para os investimentos..
Batizada como Chega de Silêncio, a iniciativa busca envolvimento de gestores e profissionais de saúde poara que quebrem o silêncio sobre o tema e façam o debate sobre a falta de recursos.
É coordenada pela Confederação das Santas Casas no país, com apoio da Federação dos Hospitais em São Paulo. O provedor da Santa Casa em Marília, Norival Carneiro, é consultor na Confederação.Um vídeo da campanha, compartilhado pelo hiospital em Marília, mostra números da crise e do atendimento prestado pelas Santas Casas e hospitais filantrópicos.
Diz que as instituições respondem por 60% dos serviços de oncologia no país, e que 752 das instituições trabalham com crédito consignado e parcelas mensais que somam R$ 115 milhões e mostra que em seis anos 315 hospitais filantrópicos fecharam as portas..O vídeo pode ser visto na página da Santa Casa no Facebook
O resumo da mobilização é uma briga de décadas: o longo período de defasagem na tabela de pagamentos do SUS, queda de receita e aumento de custos que já seriam responsáveis por custo de R$ 10,9 bilhões acima do ideal em todo o país.
A CMB diz que desde o início do Plano Real, em 1994, a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada, em média, em 93,77%, enquanto o INPC (Índice de Preços no Consumidor) foi em 636,07%, o salário-mínimo em 1.597,79% e o gás de cozinha em 2.415,94%.
Segundo os hospitais, a aprovação do piso da enfermagem – que está em tramitação na Câmara depois de ser aprovada no Senado – vai ampliar esse impacto em mais R$ 6,3 bilhões.
“Se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência para estes hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população é fatal”, diz a mobilização.