A família de uma paciente em tratamento para caso de Alzheimer aguarda desde março deste ano a entrega de medicamento de uso permanente, com sistema de adesivos, que virou mais um no tsunami de casos com atraso na entrega pela Medex, o serviço estadual de fornecimento.
“Ligo toda semana, e eles dizem que não chegou. Todo ano é a mesma coisa, falta no começo e no fim do ano”, diz a filha da paciente em mensagem ao Giro Marília. É mais um caso em que o alto custo dos medicamentos inviabiliza a compra pela família. A caixa para 30 dias custa R$ 577.
A queixa acompanha outros casos de destaque – uma paciente em tratamento contra câncer foi às redes sociais pedir ajuda após atraso no fornecimento – e mostra que apesar dos vários protestos o governo do Estado segue em descaso com o público.
A Medex coleciona reclamações quase que com a mesma velocidade com que recebe ordens judiciais para fornecimento de remédios.
Só em abril a cidade registrou pelo menos 14 ações judiciais em que pacientes pedem liminares para conseguir o que o sistema não entrega de forma administrativa.
As ações envolvem a Fazenda do estado e a Prefeitura, que são responsáveis pela gestão dos recursos do SUS (Sistema Único de Saúde).
A entrega dos medicamentos é feita pelo sistema Medex, medicamentos de dispensação excepcional são, geralmente, de uso contínuo e de alto custo. Além de oncologia e Alzheimer, atendimento a casos de diabetes são comuns no pedido de remédios.