Economia

Governo "encolhe" participação da Petrobras no mercado de gás natural

Governo “encolhe” participação da Petrobras no mercado de gás natural Governo “encolhe” participação da Petrobras no mercado de gás natural Governo “encolhe” participação da Petrobras no mercado de gás natural Governo “encolhe” participação da Petrobras no mercado de gás natural
Governo "encolhe" participação da Petrobras no mercado de gás natural


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O governo federal publicou nesta terça-feira (3) uma resolução que diminui a parcela da Petrobras do mercado de gás natural. A ideia é diminuir a concentração do GLP nas mãos da empresa para estimular a competição no setor, hoje fortemente dominado pela estatal.

O mercado financeiro aprovou a medida e considera que agora poderá surgir um “novo mercado de gás”, mas a sua produtividade ainda é incerta. 

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A resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) dá 180 dias para que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) estude e elabore um programa para retirar do estado parte dos contratos de suprimento. 

A medida foi uma das primeiras bandeiras do ministro da Economia, Paulo Guedes, que prometeu logo no início do governo um “choque de energia barata”, com o aumento da competição no setor.

Atualmente, a Petrobras responde por cerca de 85% do total de gás natural comprado por distribuidoras de gás encanado no país. Desde o fim de 2021, a estatal tem sido questionada por aumento de 50% no preço do insumo em novos contratos de fornecimento, informa a Folha de São Paulo.

Com a nova resolução, a Petrobras deve permitir, nos contratos futuros, que o comprador reduza os volumes contratados sem penalidades. Além disso, a estatal será obrigada a leiloar oferta do combustível e remover barreiras para que outras empresas acessem a infraestrutura de escoamento.

Em maio de 2022, a Petrobras aumentou em 19% o preço do gás, seguindo o mercado internacional, afetado pela guerra na Ucrânia, que provocou alta nas commodities e no dólar. O consumidor já começou a sentir o preço nos estados, que têm reajuste trimestral.