
A Corte especial do TRF (Tribunal regional federal) da 3ª Região, em São Paulo, condenou a 39 anos de prisão o juiz federal Leonardo Safi de Melo, que atuou como substituto na Justiça Federal em Marília na década de 90. Ele já atuava em São Paulo quando o escândalo foi divulgado.
Safi, que já estava afastado de suas funções, também deve perder o cargo. Ele aguardava julgamento em liberdade graças a um Habeas corpus de 2020.
O juiz foi condenado por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e obstrução de investigação sobre organização criminosa.
Safi foi acusado de comandar um esquema criminoso de cobrança de propina para acelerar decisões na liberação de precatórios.
O caso foi denunciado por dois advogados que atuavam em um processo com R$ 700 milhões em precatórios a serem liberados. O esquema teria cobrado 1% para acelerar a liberação.
O juiz foi alvo da operação “Westminster”, famoso distrito de Londres, nome escolhido porque Safi ficou conhecido no caso como “juiz dos ingleses”.
Ele foi acusado ainda de tentar destruir provas e teria atirado os próprios celulares na privada durante as buscas da Polícia Federal em seu apartamento.