
A Justiça de Marília decretou a prisão das irmãs Wania Santos Silveira, 52 anos, e Andrea Santos Silveira de Souza, 49 anos, acusados no caso da tortura, morte e abandono do corpo do aposentado Donizete Rosa, 60 anos, em Marília.
As duas foram detidas pela manhã para investigação do caso menos de 24h depois de o corpo ser descoberto embrulhado em sacos no centro da cidade. A prisão é temporária, por 30 dias, para permitir conclusão da investigação.
Caso a apuração confirme os indícios de responsabilidade das duas ainda será possível um pedido de prisão preventuiva que mantenha as duas detidas por prazo indeterminado durante tramitação do caso.
Wania nasceu em Brasília. Andrea em Belo Horizonte. As duas moravam em um apartamento na 4 de Abril, próximo ao local de abandono do corpo, até outubro deste ano, quando foram alvo de uma ação de despejo por uma dívida acumulada de R$ 26 mil.
Elas foram detidas depois de chamar a polícia para relatar um caso de roubo. Os policiais militares que atenderam o chamado identificar as mulheres por um vídeo de sistema de segurança que mostrou as duas carregando o embrulho com o corpo do aposentado pela rua 4 de Abril.
Delegado Marcelo Perpétuo durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira
Donizete tinha debilidades físicas e há indicações de que ele vivia com duas mulheres que atuariam como cuidadoras.
A polícia teve dificuldade para identificar as duas, que já apresentaram nomes diferentes. As duas seriam de Minas Gerais mas vivem em Marília há algum tempo.
No apartamento em que o aposentado morava – e onde teria ocorrido a morte – foram encontrados extratos bancários com empréstimos de R$ 25 mil que são descontados em conta da vítima. Ainda não há confirmação de que as mulheres sacaram ou usam o dinheiro.
“Menos de 24horas em que fomos acionados, ainda há muita coisa a investigar. Foi coletado material para ver se saques em contas eram feitos por elas. Motivação não confirmaram ainda”, disse o delegado Marcelo perpétuo, da DIG responsável pela apuração.
Mas a polícia descobriu que elas chegaram ao prédio em um carro e em seguida desceram com o corpo, mas o condutor recusou colocar os saco dentro do veículo, então elas arrastaram até o local do abandono.
Teriam feito parada para ajustar o saco e a disposição do corpo no caminho, improvisando camuflagem. O bilhete com a palavra “Jack” – uma gíria para estuprador – encontrado no saco aparentemente não tem nenhuma relação com o crime.
O corpo foi encontrado em estado avançado de putrefação e desfigurado. O homem pode ter morrido há cinco dias e não há informações sobre a causa morte. Algumas lesões camufladas pelo estado de decomposição.