
A pesquisadora e psicopedagoga mariliense Viviane Giroto Guedes lançou no Rio de Janeiro um novo projeto de incentivo à meditação e autocuidado com a leitura de um best seller da área em capítulos transmitidos ao vivo e disponibilizados de forma gratuita no youtube para envolver participantes com o tema, suas práticas e benefícios.
Pós-doutora em Psicologia pela PUC do Rio, Viviane descobriu a meditação como prática integrada ao atendimento há aproximadamente dez anos, durante participação em cursos nos Estados Unidos.
E a leitura do livro é uma nova proposta, que leva o tema de forma simples e direta para público em geral.
É feita a partir da leitura de Autocompaixão, Pare de se torturar e deixe a insegurança pra trás, um best seller da pesquisadora Kristin Neff, traduzido em diversos idiomas e sucesso em todo o mundo.
“O livro costuma ser muito utilizado por terapeutas para compor tratamentos. Revela aspectos fundamentais tanto do conceito da compaixão, que é esse impulso de a gente querer aliviar o sofrimento, mas também mostrando dificuldade em fazer esse ato com a gente mesmo”, diz Viviane Giroto.
A participação do projeto “ler juntos” é gratuita, feita capítulo a capítulo e com práticas que a pesquisadora transformou em propostas de meditação.
“O livro é conhecido, o que não é habitual é poder aprofundar nele de uma forma que possa elucidar alguns pontos. O conceito da compaixão e autocompaixão é muito distorcido e o livro faz isso de trazer para o campo da saúde, da ciência. “
Ela explica que a obra apresenta aspectos todo entrelaçados com as fundamentações teóricas, mas de uma forma simples e com exemplos práticos.
“Escolhi o tema justamente porque eu indico livro como formas de as pessoas entenderem o que a meditação pode trazer como benefício na vida cotidiana. É uma prática fácil mas a gente tem dificuldade para implantar no nosso dia-a-dia porque a gente não tem esse hábito na nossa cultura”, explica.
Exige o ato de parar para meditar e silenciar, como se meditação fosse o oposto do que a cultura ocidental propaga, que é correr, sempre pra frente, fazer e acontecer.
“Tem uma propensão mais voltado ao individualismo e isso impede o fluxo da compaixão. A prática tem sido reveladora no campo cientifico porque ela faz a gente acessar bondade, traz profundo sentimento de bem-estar, é como se a gente encontrasse algo perdido que não pode se manifestar.”
É muito mais que uma questão filosófica. Envolve saúde mental, controle de situações como ansiedade, controle de emoções e reações. E que começa com entendimento sobre a prática.
“Para você incorporar você precisa significar a atividade. É mais ou menos o que eu faço, que é levar as pessoas a significarem, entrarem em contato com as descobertas recentes, que são muito grandes, um campo científico robusto que se instala. A partir deste entendimento tem a motivação.”
Ela já levou a proposta de meditação de forma inovadora às comunidades do Pavão-Pavãozinho e Canta Galo, com atendimento a adolescentes em escola pública, em um projeto que vai render seu segundo diploma em Pós-Doutorado na área e já foi apresentada em congresso no exterior.
Destaca que o novo projeto chega em um momento muito importante de sua vida. “Minha vida é em torno da meditação, e eu agreço pela possibilidade de viver um momento muito nobre. Consegui uma coisa que sou muito grata, que se aproximar daquilo que a gente realmente gosta. Tenho projeto de pós-doutorado que tem mais coisa, envolve meditação nas favelas. Também dou aula e montei com o supervisor de Pós-Doutorado, Daniel Mograbi, uma pós em mindfulness no PUC.”
Para acompanhar o projeto acompanhe Viviane no Youtube.