Marília

Morador de Marília faz caminhada até Aparecida em agradecimento; fotos e vídeo

Morador de Marília faz caminhada até Aparecida em agradecimento; fotos e vídeo

O operador de máquinas Edmilson Carlos dos Santos, 41 anos, está na estrada desde a madrugada do dia 5 para uma caminhada de 630 quilômetros até a Catedral de Aparecida em um ‘acordo’ com a Santa para agradecer por sua vida, e família em 2022.

“Não é uma promessa. É agradecer por meus dois filhos (um com 16 e outro com 14 anos), meninos bons. Agradecer pela saúde, minha família, trabalho, tudo o que eu já conquistei na vida”, afirmou.

Com uma média de 30 quilômetros por dia, Nicão, como é conhecido, chegou neste sábado a Bauru, com uma parada para análise de trajeto e alguns registros da viagem, o início de uma coleção de histórias pelos encontros, dificuldades e desafios.

Começa pelo clima. O inesperado frio em pleno verão pegou Nicam com uma coberta, uma rede e uma capa de chuva, além de duas peças para troca de roupas. “Meu combinado com a Santa é ser o mais rústico possível”, disse Edmilson por telefone ao Giro Marília.

Ganhou apoios inesperados, como uma equipe de manutenção da rodovia que ofereceu café, água e pão. Provocou algum atraso, mas a parada rendeu conversa e incentivo.

A viagem deve ficar melhor neste domingo, quando ele espera ser alcançado pela esposa, Daiane, que deve acompanhar em um carro como suporte. A mochila com a rede, roupas, duas garrafas de água e remédios pesa quase dez quilos.

“Era para ela vir junto no carro como apoio, mas ela trabalha com pintura de rosto e eventos de criança e não podia deixar uma festa na mão. Mas ela vai me encontrar”, conta.

Nicão diz que se considera um católico muito fervoroso, mas que não vai muito à Igreja. Frequenta esporadicamente missas na paróquia de Nossa Senhora de Fátima no Jóquei Clube ou a Guadalupe, na avenida João ramalho.

“Sou muito católico, mas não tanto de igreja, Acho que fé é mais do coração mesmo.”

Questionado se precisa de apoio, se tem algum pedido a moradores, diz que não quer nada: quer força para chegar à catedral – o que deve fazer com ajuda de alguns remédios como analgésicos para a dor no corpo.

“A caminhada judia muito, dói demais o corpo da gente.” Espera chegar até dia 23. E voltar mais tranquilo, no carro com a esposa. Veja abaixo vídeo com mensagens enviadas pelo operador.