
O professor e pesquisador Luiz Eduardo Anelli, diretor da Estação ciência da USP, iniciou um projeto que vai traçar a Trilha dos Dinossauros no Estado, reunir informações sobre museus, centros de pesquisas, sítios paleontológicos, estudos, rochas e mais detalhes científicos que tradicionalmente ficam distantes da comunidade. E vai passar por Marília.
Anelli é biólogo e professor de geociências na USP, autor de diversos livros, curador de exposições e um dos grandes pesquisadores na área no país. Começou o projeto pelo Vale do Itatiaia e vai percorrer em torno de 1.200km em 18 dias até chegar a Marília – uma visita prevista para maio -.
Ele viaja com a esposa, a também escritora e pesquisadora Celina Bodenmuller, e um projeto com apoio da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP.
“A ideia é determinar uma trilha no estado, mostrar uma opção de turismo para pessoas. E o Estado de São Paulo tem uma riqueza muito grande. Essa é a ideia: dar oportunidade de entretenimento científico para as pessoas”, explica.
Anelli diz que o Estado de SP em especial tem vasta produção científica sobre a pré-história brasileira e os dinossauros em especial mas que boa parte desse conhecimento fica em publicações e artigos com perfil mais científico.
A criação da trilha representa uma “segunda escavação” nestas descobertas como forma de reunir, organizar os diferentes conhecimentos e apresentar ao grande público.
A pesquisa listou diferentes municípios com estruturas e pontos de visitação e relaciona em cada um deles as estruturas entre seis diferentes estruturas de pesquisa e atração pública, que vão de instituto de pesquisas e atuação de universidades a museus ou sítios de escavação.
Marília apresenta duas das estruturas – o museu e o sítio paleontolóico – e aparece quase no centro dco mapa da trilha, que inclui informações até a divisa com o Mato Grosso. O projeto completo prevê expansão da trilha para outros Estados, mas sem prazo definido para isso.
O resultado da pesquisa vai chegar à comunidade em diferentes formas, a começar pela divulgação em redes sociais – o projeto está no instagram como @trilhadosdinossauros – e outras formas de popularizar conhecimento técnico.
Uma delas é um programas de visitas e encontros em escolas, com palestras a estudantes ou educadores, nas cidades por onde a pesquisa passar. Escolas públicas ou privadas podem fazer contato sobre o projeto pela conta do projeto no instagram.