Veículos

Anfavea defende escolha do consumidor em transição energética

Anfavea defende escolha do consumidor em transição energética Anfavea defende escolha do consumidor em transição energética Anfavea defende escolha do consumidor em transição energética Anfavea defende escolha do consumidor em transição energética
Divulgação Alguns países europeus já falam sobre banir carros a combustão, enquanto os carros elétricos ainda são “novidade” no Brasil
Divulgação Alguns países europeus já falam sobre banir carros a combustão, enquanto os carros elétricos ainda são “novidade” no Brasil


Qual veículo compensa mais? Flex, híbrido plug-in, híbrido convencional ou 100% elétrico? Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite , a escolha deverá ser tomada pelos consumidores.

“Antes de falar sobre o futuro da mobilidade e qual tecnologia vai prevalecer, a gente precisa saber que vivemos em um país eclético. O desafio da indústria passa primeiro pelo desejo do consumidor. A figura mais importante desse processo é o consumidor. Se ele quiser o carro elétrico puro, ele vai ter, independente da vontade do governo e das montadoras. Caso ele ache por bem o carro híbrido a etanol, ele vai ter”, afirmou durante o painel da Anfavea no Electric Days.

O Brasil ainda não tem um plano de eletrificação da frota, e atualmente, as marcas são quem definem suas estratégias, por exemplo, a Volvo só oferece veículos híbridos ou elétricos, a Renault conta com modelos flex e 100% elétricos e a Chery oferece modelos de todas as opções de motorização para seus clientes.

O vice-presidente da Ford para a América Latina, Rogelio Golfarb, pressionou o governo brasileiro pela definição de um futuro para a eletromobilidade no país:

“O mundo está fazendo a transição para a eletromobilidade e o mais dramático nisso é que estamos atrasados. É urgente uma visão estratégica para o Brasil na questão da eletromobilidade. Porque as coisas estão acontecendo muito rápido, com um alto volume de dinheiro, não para 2035 e sim para 2025. Nós temos grandes oportunidades, mas precisamos nos organizar.”

Para a Anfavea, os biocombustíveis não podem ser deixados de lado na discussão, afinal, são aliados no processo de descarbonização, e já contam com uma grande infraestrutura, apesar de não ser perfeita.

“Os biocombustíveis têm um papel tão relevante que poucas vezes a gente se dá conta de que temos uma frota com mais de 40 milhões de veículos no Brasil. E, mesmo sendo envelhecida, nós temos (carros a etanol) o equivalente a oito milhões de veículos elétricos rodando no Brasil em termos de descarbonização”, afirmou o executivo durante o Electric Days.

Um planejamento estratégico de transição energética pode além de reduzir a poluição das cidades a longo prazo, incentivar a inovação na indústria nacional e reduzir a dependência do mercado estrangeiro.

Na última semana, a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado iniciou a discussão de incentivos necessários para o crescimento da adoção da mobilidade elétrica.

Há muita oportunidade neste sentido para a indústria brasileira crescer. O desenvolvimento de baterias para carros elétricos de baixo custo e com alta densidade energética pode ser um ativo muito importante para o setor automotivo nacional, com alto potencial de exportação, visto que, as baterias são os itens mais caros de um carro elétrico, e muitas fabricantes visam reduzir os custos de produção desses modelos.

Fonte: Carros