
Familiares, companheiros de trabalho e vida, além de gerações de pacientes que se tornaram amigos, fazem nesta segunda-feira a despedida ao cirurgião dentista Nivaldo Raful, falecido aos 83 anos em Marília.
A perda encerra uma vida de momentos marcantes em presença na família, atuação profissional e comunitária lembrados nas mensagens e nas memórias dos filhos e pessoas próximas.
Nivaldo Raful nasceu em Lutécia. Mudou para Marília para acompanhar os pais, que instalaram uma máquina de beneficiamento de arroz na cidade. Passou infância e início da adolescência na cidade e mudou para Campinas, onde cursou Ateneu e foi aprovado em odontologia em Uberaba.
Formado, retornou para trabalhar na cidade. Conheceu Iraci, a namorada que virou a esposa e companheira até o fim, que vivia a uma quadra de distância na avenida Rio Branco, onde moravam as famílias Raful e Zafred.
Do casamento, vieram os filhos Rodrigo, Helder e Gláucia – eles médicos, ela dentista – além de cinco netos.
O consultório criou uma cliente de famílias tradicionais e gerações de atendidos. Gláucia lembra que o pai tratava a todos como amigos, os encontros de tratamento viravam momentos de conversas e integração. Os pacientes mais novos cresceram chamando o dentista de tio.
“Ele tinha jeito muito próximo de relação, todos viravam amigos. Em alguns casos pacientes que não podiam ir ao consultório ele saía e atendia em casa, onde fosse preciso”, lembra Gláucia.
As histórias foram tão apaixonantes que desde cedo ela percebeu que seria dentista também. Suas duas filhas seguem a carreira e o irmão, cirurgião de cabeça e pescoço, também fez o curso.
Outra memória marcante é o atendimento a pacientes especiais, como crianças com deficiência que requerem atenção e modelos diferenciados de acompanhamento. Quase sempre de forma gratuita.
Rodrigo Raful lembra também os diferentes projetos sociais dos quais o pai participou como integrante da Loja Maçônica Alfeu César Pedrosa.
Além disso, Nivaldo foi dirigente da APCD (Associação Paulista dos cirurgiões Dentistas) e um dos responsáveis pela construção da sede da entidade.
A despedida é feita na Loja Maçônica Alfeu Cesar Pedrosa, na rua dos Topázios, 165. O sepultamento foi marcado para 16h30 no Cemitério da Saudade em Marília.