
A 3ª Vara Federal de Marília iniciou na tarde da quinta-feira uma série de audiências em que serão ouvidas testemunhas e ao final os réus no processo que investiga denúncia de superfaturamento e fraude na licitação para compra de tablets para a Secretaria da Saúde na cidade entre 2013 e 2016.
A primeira audiência envolveu testemunhas de acusação e indicadas pelos réus Fauzi Fakhouri Júnior, Vinícius Vieira Dias da Cruz, Alexandre Ribeiro de Jesus e Murilo de Oliveira Melo.
Há mais cinco pessoas denunciadas no caso e as testemunhas de todos os réus serão ouvidas em audiências que devem acontecer nas próximas semanas e se arrastam até o final de setembro.
Além dos depoimentos, a audiência teve cadastro de advogados defensores e alguns requerimentos, como acesso a arquivos de e-mails, mensagens de Whatsapp e espelhamento de todos os arquivos dos celulares e notebooks apreendidos na investigação.
O pedido foi rejeitado pelo juiz Fernando David Fonseca, em decisão que teve ainda manifestação do procurador Jefferson Aparecido Dias. O procurador chegou a desistir de ouvir uma testemunha, que acabou fazendo depoimento a pedido da defesa de um dos acusados.
O caso envolve acusações de fraude à licitação, superfaturamento, peculato, formação de organização criminosa e falsidade.
A denúncia, com mais de 50 páginas, também indicou outros potenciais crimes a serem investigados em situações que fogem da alçada federal e devem provocar procedimentos estaduais.
A ação tem nove réus, incluindo o ex-secretário de Saúde e hoje Vereador Danilo Bigeschi, os ex-secretários de Saúde Hélio Benetti e Fernando Roberto Pastorelli.
Segundo o documento, cada tablet custou para a empresa valor aproximado de R$ 949,22, ao passo que foi “negociado” no Pregão Presencial nº 135/2016 pelo valor unitário de R$ 2.350,00.