Nacional

Centro de Umbanda vai à Justiça e Estado por acesso a cemitério de Garça

Centro de Umbanda vai à Justiça e Estado por acesso a cemitério de Garça Centro de Umbanda vai à Justiça e Estado por acesso a cemitério de Garça Centro de Umbanda vai à Justiça e Estado por acesso a cemitério de Garça Centro de Umbanda vai à Justiça e Estado por acesso a cemitério de Garça
Centro de Umbanda vai à Justiça e Estado por acesso a cemitério de Garça

Um centro espírita em terreiro de umbanda de Garça levou à Justiça e Polícia da cidade denúncias de intolerância e dificuldade em acesso ao cemitério para manifestações religiosas.

Em um dos casos, pede com urência acesso e autorização para uma celebração na Sexta-Feira Santa, dia 29. Os pedidos envolvem autorização para acesso noturno ao espaço do Cruzeiro, o que já acontece em outras cidades, inclusive Marília.

A denúncia do Centro Espírita de Umbanda Filhos de Oxalá e Caboclo Tupinambá chegou também à Ouvidoria do Estado e à Defensoria Pública de São Paulo.

Principal orientador espiritual na instituição, o cabelereiro Diego Contim Teruel Afonso disse que protocolou na prefeitura um pedido parta acesso, mas a solicitação foi encerrada sem respostas.

A Prefeitura de Garça disse ao Giro Marília que o protocolo não foi encontrado e orientou Diego a tentar de novo. Ele tenta na Justiça.

Em torno de 50 pessoas participam das celebrações, que não envolvem nenhuma atividade junto a sepulturas, capelas ou espaços particulares.

“Solicitamos autorização de acesso para realização de culto sem prejudicar as instalações ou costumes, pode ser acompanhada por qualquer responsável”, diz Diego.

Os cultos seriam feitos junto ao Cruzeiro. A cidade tem dois – um dentro e um fora do cemitério -. “O Cruzeiro de fora fica na frente do velório e em respeito a dor do outro não seria adequado. Nossos rituais e busca de energia são lá dentro.”

 O mandado de segurança em relação à Semana Santa tramita na segunda vara judicial de Garça e espera decisão próxima.

Mas uma mobilização em redes sociais inclui abaixo-assinado e prevê medidas com representações oficiais por intolerância religiosa como forma de pressionar a liberação do acesso.

Diego diz que outras cidades, como Marília, autorizam o acesso e que o sistema tem funcionado sem incidentes.

“Não é uma luta individual, não é minha ou só do centro. É coletiva, de liberdade religiosa para todos, de respeito à diversidade. Para tudo tem barreira, do acesso ao uso de guias e roupas brancas no trabalho.”

A Prefeitura de Marília informou que o sistema funciona com ofícios para informe dos acessos e foi definido após encontro com representantes das casas e terreiros de umbanda. Diz ainda que os vigias são avisados do acesso e os cultos acontecem sem incidentes ou marginalização dos envolvidos, inclusive nos distritos.