Liminar coíbe assédio moral em supermercado de Presidente Prudente

Liminar coíbe assédio moral em supermercado de Presidente Prudente Liminar coíbe assédio moral em supermercado de Presidente Prudente Liminar coíbe assédio moral em supermercado de Presidente Prudente Liminar coíbe assédio moral em supermercado de Presidente Prudente
Liminar coíbe assédio moral em supermercado de Presidente Prudente

Uma filial do hipermercado Carrefour em Presidente Prudente é alvo de uma liminar que veda práticas de assédio moral contra funcionários do estabelecimento. A medida atende ação do Ministério Público do Trabalho (MPT).

A liminar da 2ª Vara do Trabalho de Presidente Prudente, pelo juiz Regis Antonio Bersanin Nieddu, impõe seis obrigações.

Seis medidas

A lista inclui deixar de praticar o assédio moral e métodos que afetem a honra e a dignidade dos empregados e adotar medidas de prevenção à prática por meio da CIPA.

Deve incluir regras de conduta contra o assédio e outras formas de violência e fixar procedimentos internos de enfrentamento ao assédio.

Precisa ainda proteger a vítima denunciante; garantir medidas emergenciais; realizar treinamentos; criar uma ouvidoria e divulgar conscientização.

Forma grosseira

Segundo inquérito, uma das gerentes da loja apresentava condutas assediadoras contra diversos funcionários. De acordo com depoimentos ela tratava os subordinados com rigor excessivo e de forma grosseira, inclusive na frente dos clientes.

Uma ex-empregada do estabelecimento pediu demissão e relatou problemas de saúde após uma acusadação de furto. Outros ex-funcionários relataram ansiedade e outros transtornos em decorrência do assédio moral sofrido na loja.

O jurídico do Carrefour afirmou ao MPT que a empresa estava tomando providências para melhorar o ambiente de trabalho, inclusive ministrando palestras contra a prática de assédio. Disse ainda que disponibilizou canais de denúncia aos funcionários.

Contudo, os trabalhadores nem souberam informar sobre a existência de tais canais de denúncia, e negaram participação em palestras ou treinamentos com o tema.

Além dos depoimentos no Inquérito, o MPT levantou uma série de reclamações trabalhistas movidas contra a empresa na Justiça do Trabalho por ex-empregados, inclusive em outras localidades do estado.

Sem acordo

O MPT ofereceu a assinatura de TAC para adequação voluntária da conduta do Carrefour, mas a empresa negou a celebração do acordo.

“Ficou provado que o canal de denúncias da empresa era falho, pois os trabalhadores sequer souberam informar sobre a sua existência. Não há qualquer treinamento para que os funcionários saibam identificar e conduzir situações de assédio.”

Semestralmente, o estabelecimento precisa encaminhar ao MPT um relatório comprovando as medidas pela justiça. As multas por descumprimento da liminar variam de R$ 500 por dia a R$ 5 mil por item.