Economia circular

Consultora ambiental quer ‘exportar’ projeto pioneiro da Bahia para Marília

Consultora ambiental quer ‘exportar’ projeto pioneiro da Bahia para Marília Consultora ambiental quer ‘exportar’ projeto pioneiro da Bahia para Marília Consultora ambiental quer ‘exportar’ projeto pioneiro da Bahia para Marília Consultora ambiental quer ‘exportar’ projeto pioneiro da Bahia para Marília
Consultora quer 'exportar' projeto pioneiro de gestão de resíduos na Bahia
A consultora Suzana Más Rosa em Fórum na Bahia para exportar projeto pioneiro

Mariliense radicada em Salvador, a consultora ambiental Suzana Más Rosa quer exportar um projeto pioneiro da Bahia para Marília com destinação de resíduos de vidro.

O projeto faz uma rara união entre serviços públicos, empresas, catadores de reciclados e comunidade. O resultado é a destinação correta, geração de renda e impacto ambiental positivo.

Inclui avanços como formação de uma rede para coleta do material no comércio por catadores. Depois, a integração com centrais para este material. E além delas, a destinação para empresas de reciclagem.

Projeto une empresas, poder público, comunidade e cooperativas de catadores – Arquivo Pessoal

Exportar projeto pioneiro

No dia 8 deste mês, ela levou a ideia ao Fórum de Sustentabilidade da Baía de Todos os Santos. E a conclusão: ganhou na hora pedidos de adesão e multiplicação. Funciona para uma capital. Pode funcionar em Marília?

“É muito viável. E eu quero muito levar essa ideia para Marilia e não só para a cidade, mas para um nível regional. Levar para o Codem. A cidade já teve uma iniciativa nesse sentido”.

Ele trata de uma proposta de coleta de garrafas para a destinação adequada. Contudo, trombou em dificuldades de estruturam políticas e da rede de ações.

“A logística para pequenas cargas é muito cara. Parte disso os catadores resolvem com a coleta nos bairros”, explica. Igualmente, permite políticas para gerar renda com financiamento desse trabalho, quase sempre de graça e sem incentivo.

Funciona em Marília

A cidade precisa pensar em políticas de prazos mais longos – 20 a 30 anos -. E, nesse sentido, em inovações como ampla coleta seletiva, organização dos catadores e envolvimento da sociedade. Vale a pena? “É muito gratificante.”

Suzana Más Rosa durante workshop no Codem, em Marília – Arquivo Pessoal

Suzana atua na Bahia sem perder os vínculos com Marília, onde moram muitos familiares e amigos. Integra a associação ambientalista Origem e atua no Codem (Conselho de Desenvolvimento Estratégico de Marília). Inclusive, sua ideia de trazer o projeto para a cidade passa pela atuação com o Conselho. É por lá que ela pretende apresentar a iniciativa.

Mas desenvolveu a formação como consultora na Bahia, aonde chegou para estágio após formação em Medicina Veterinária na Unimar. O sonho na época era cuidar de animais marinhos. E deu certo, mas evoluiu.

Suzana Mas Rosa avançou para mestrado, depois doutorado e neste processo fez sua formação como consultora ambiental. No sonho: aplicar habilidades para planejamento, análise de impacto, medidas de redução e mitigação de danos.

Em 2005 ela trouxe estas experiências para Marília. Por sete anos atuou com projetos de incentivo a políticas públicas, orientações de empresas e debates com poder público. Além disso deu aulas em faculdades.

Economia circular

Chegou a hora do pós-doutorado na Universidade Federal da Bahia. Nova mudança, novos projetos e sonhos atualizados com sucesso.

Passou a integrar uma nova estrutura de planejamento na capital baiana, o Painel Salvador de Mudanças Climáticas. Coordenou a Câmara de Resíduos.

Consultora durante participação no Fórum de Economia Circular em Salvador – Arquivo Pessoal

Contudo, Suzana e outros pesquisadores quiseram dar continuidade fora do poder público e criaram o Nupec (Núcleo de Pesquisas em Economia Circular).

Trata de um modelo que busca equilíbrio entre a atividade econômica, comunidade e meio ambiente. Foco vai além da produção e circulação linear de bens e planeja a reciclagem e destinação final. Surgiu a rede de destinação do vidro.

E, de forma concomitante, o novo sonho: a consultora quer exportar o projeto pioneiro para Marília.

Em março ela termina o pós-doutorado e ganha prazo para mais projetos, mais ideias. Aguarde, processando novos sonhos.