Marília - A comparação de projetos técnicos pelo Aeroclube de Marília acusa a Rede Voa de encolher plano de investimentos e modernização no aeroporto. Na contramão do crescimento da cidade e do turismo, prevê terminal menor e menos estrutura 25 anos depois do primeeiro projeto.
Os documentos estão em manifestação do Aeroclube de Marília na reação contra tentativa de despejo.
Mostram que em 2001 o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado) desenvolveu um projeto base de ampliação, principalmente, com novo terminal.
Previa seis portões de embarque/desembarque, áreas comerciais, de circulação, restaurante, lanchonete e mais. Até bons sanitários – sem usar banheiro químico que o prédio chegou a ter nos últimos dias -.
O terminal que a Rede Voa prometeu iniciar em 2023 – e, aliás, ainda não começou – prevê, no máximo, três operações de embarque simultâneas.
O Daesp previa um novo terminal, muitos metros à frente do atual, que seria, no máximo, para serviços de carga ou privados. A Rede Voa quer adequar o prédio da década de 50.
Rede Voa, Daesp e o aeroporto
Quer mais comparações? O Aeroclube ajuda com um resumo, veja abaixo:
AEROPORTO | USO ATUAL | REDE VOA 2023 | DAESP 2001 |
Prédio do terminal | Prédio antigo e uso geral | Prédio ampliado e uso geral | Cargas e aviação executiva |
Área de ampliação | Sem uso | Exploração comercial | Novo terminal e exploração comercial |
Pátio de manobras | 5.000m² | 5.000m² | 27.000m² |
Quantidade de aeronaves | Dois aviões ATR | Dois Aviões ATR | Seis Boeing 737 |
Área do terminal | 600m² | 1.200m² | 3.200m² |
E o que acontece com toda a área sem uso? A Rede Voa explica em uma placa comercial já no aeroporto: há 70 mil m² de área disponível para locação.
Segundo o Aeroclube, a Rede Voa ainda usa a obra encolhida para pressionar o despejo de uma instituição com 85 anos, que estava lá, inclusive, quando a pista virou aeroporto.
Aliás, o aeroporto só surgiu pela evolução do clube e leva o nome de um de seus maiores entusiastas, Frank Miloye Milenkovich.