Judiciário

Delegado que matou Katrina vai ao Júri Popular, segue solto

Delegado que matou Katrina vai ao Júri Popular, segue solto
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Marília - Justiça de Promissão manda para o Júri Popular o delegado Vinícius Martinez autor de disparo que matou a jovem Katrina Bormio Silva Martins, 16, em 4 de agosto de 2024.

A medida da 2ª Vara Judicial de Promissão (90km de Marília) reconhece denúncia por homicídio com dolo eventual, mas recusou pedido para prender o delegado. Ele segue solto.

Katrina morreu enquanto esperava o pai na saída da Festa do Peão da cidade. Vinícius, que estava fora de serviço e aparece em imagens com copo nas mãos, atirou em meio a uma ocorrência da Polícia Militar.

O que seria uma situação de desacato – com PMs de serviço já em atuação – virou tragédia. Agora vira caso para julgamento pela sociedade, mas defesa e acusação podem recorrer.

Homicídio qualificado

Delegado que matou Katrina vai ao Júri Popular, segue solto
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Caso não haja mudanças por recursos judiciais, Vinícius Martinez deve responder no Júri Popular por homicídio de Katrina com dolo eventual e duas qualificações.

São condições de perigo comum – disparos em área de concentração de pessoas – e modo que impediu defesa da vítima. A acusação queria mais: a denúncia aponta ainda fato de ser crime com dolo eventual contra menor.

O delegado, que é de Assis, mas morava em Marília na época, chegou a ser preso, mas ficou poucas horas. Responde em liberdade.

Na mesma decisão, a Justiça derrubou o sigilo do caso, o que ainda não aconteceu na prática. A defesa do delegado acusa cumprimento do dever e legítima defesa nos quatro tiros que só acertaram a menina.

Família de Katrina tem 11 meses de luto

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Francisco Romera, o ´pai de Katrina, estava a caminho enquanto a filha levou o tiro no pescoço.

Conta que encontrou a filha já sem reação, caída em uma poça de sangue. Além disso, destaca que o delegado não prestou socorro à menina que baleou.

A família mantém campanha por Justiça no caso que chegou ao governador Tarcísio de Freitas, à atriz Luana Piovani, e mais.

Em redes sociais, memórias como o aniversário da menina em abril e outros momentos marcantes revelam 11 meses de luto à espera de ver o delegado no Júri pela morte de Katrina.

A resposta do delegado é uma pressão judicial para censurar Sabrina, a mãe, e suas postagens em redes sociais,

O principal argumento para a censura é o fato de que o delegado não tem decisão judicial contra ele. Começa a mudar.