Justiça Federal

Recurso do MPF amplia penas de médicos em improbidade no Complexo Famema

TRF atende recursos da Procuradoria Regional em Marília para ampliar condenação em contrato de terceirização no HC

Recurso do MPF amplia penas de médicos em improbidade no Complexo Famema
Polícia federal durante buscas da Operação Esculápio

Marília - Julgamento do TRF (Tribunal Regional Federal) atende recurso do MPF (Ministério Público Federal) de Marília e amplia penas em caso de improbidade no Complexo Famema.

A medida inclui, principalmente, condenação dos réus a pagar compensação por dano moral coletivo pela improbidade.

Além disso, condenou quatro dos réus, dirigentes do Complexo Famema responsáveis por contratos, à perda de função pública. Ainda cabe recurso.

Assim, a Sexta Turma do Tribunal, com sede em São Paulo, rejeitou recursos dos réus.O T RF ainda não divulgou a íntegra do acordão, mas uma certidão de julgamento apresenta a decisão.

Condenações

A ordem de perda de função atinge os médicos Marilda Siriani de Oliveira Everton Sandoval Giglio, Gustavo Viviani Arruda e Eduardo José Stéfano.

Além deles o caso tem condenações de 2024 contra Helena Santos de Almeida Stefano e Lígia Issa de Fendi Arruda.

A decisão que acompanhou denúncia do MPF estabelece do dano por improbidade em R$ 4.772.693, inclusive, com ordem de restituição de valores ao Complexo de Marília.

O processo trata de improbidade na gestão de contratos para serviços de radiologia no Complexo Famema.

Em síntese, o MPF diz que dirigentes da Famar, uma fundação de apoio à gestão do complexo, direcionaram a contratação de serviços.

Recurso do MPF amplia penas de médicos em improbidade no Complexo Famema

A denúncia

A denúncia do MPF aponta improbidade com organização e excesso de exigências para direcionar o processo para empresa ligada a profissionais da Famema. Aponta, ainda, que a empresa recebeu benefícios como cessão gratuita de espaço, materiais de consumo, energia elétrica e higiene do local.

“A Famar licitou a contratação de um serviço que, na realidade, seria primordialmente custeado com recursos dela própria”, disse o MPF.

Apontou direcionamento e falsificação em procedimentos de média e alta complexidade para favorecer participantes. O caso provocou, inclusive, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de Marília.

A justiça julgou o caso improcedente para a Fundação e condenou os profissionais envolvidos.

O MPF abriu inquérito e deu origem à Operação Esculápio, com quebra de sigilo telefônico e bancário, bem como buscas e apreensão.

A operação tem, ainda, mais casos em tramitação para contratos de terceirização em outras especialidades.