Vera Cruz - O Ministério Público em Marília determinou a abertura de inquérito policial sobre denúncias de maus-tratos e uso indevido de recursos em entidade de acolhimento a crianças em Vera Cruz.
O promotor de Justiça Rodrigo Moraes Garcia, responsável pela área da Infância e Juventude, vai requisitar o procedimento à Polícia Civil.
Em paralelo, o MP deve manter acompanhamento das apurações e eventuais diligências de apuração sobre o caso. Além disso, a resposta ao Giro Marília informa que há procedimento permanente de acompanhamento da entidade.
A denúncia chegou ao MP na segunda-feira após registros de um boletim de ocorrência, com a divulgação de vídeos. Além disso, o caso teve também um ofício do Conselho Tutelar.
Envolve entidade para acolher crianças e adolescentes vítimas em casos de abandono ou violência e afastamento das famílias.
A diretoria da instituição antecipou e procurou o promotor para contestar as acusações. Recebeu a informação sobre o inquérito e antecipou, manifestação.
Encontro com dirigentes
Três dirigentes participaram e após o encontro encaminharam manifestação ao Giro Marília para dizer que a entidade vai colaborar com a investigação.
Afirmaram que os maus-tratos ocorreram apenas entre internos e nenhum diretor ou funcionário cometeu atos do gênero.
Além disso, em momento com ausência de duas colaboradoras que precisaram acompanhar menores em atendimento no Hospital das Clínicas.
A manifestação aponta ainda que a entidade demitiu a monitora que estava na sala e aparece no vídeo durante o caso.
Contestação e informações
Disseram ainda que o sistema de Câmeras foi iniciativa da direção da entidade para garantir segurança e transparência no local.
“A visita ao promotor foi, principalmente, esclarecer que não há qualquer desvio, pelo contrário. São 18 anos de dedicação de diferentes dirigentes”, disse um dos diretores.
Afirmaram ainda que a gestão financeira tem série de medidas de controle para impedir desvios, Inclusive com acompanhamento pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo município.
“As acusações falam de lata de tinta, tomada telefônica, câmera, valores irrisórios e que serão todos justificados. Vamos colaborar com toda a apuração e estamos à disposição para toda a comunidade e autoridades municipais.”