Arte & Lazer

Exposição de Roberto Cimino abre novo espaço para artes em Marília

Exposição de Roberto Cimino abre novo espaço para artes em Marília Exposição de Roberto Cimino abre novo espaço para artes em Marília Exposição de Roberto Cimino abre novo espaço para artes em Marília Exposição de Roberto Cimino abre novo espaço para artes em Marília
Exposição de Roberto Cimino abre novo espaço para artes em Marília

Três dias de exposição de aquarelas – entre os dias 26 e 28 – inauguram neste mês em Marília um novo espaço para artes e de quebra abrem ao público mais uma face de talento de um profissional que supera qualquer rótulo na cidade, Roberto Cimino Filho, e seu projeto Arte no Vale.

Sócio-proprietário em uma reconhecida empresa de arquitetura, engenheiro, designer e um dos mais férteis artistas de Marília, Roberto Cimino já  desenhou ambientes, construções, espaços coletivos e até objetos de decoração.

Tornou-se uma grife, apareceu em publicações, mostras e coletâneas de muito respeito e em meio a tudo isso produziu bastante no trabalho e em artes plásticas enquanto trabalhava. 

“Não separo as artes plásticas da arquitetura, do design de interiores, da estrutura a ser construída. Todos esses elementos se relacionam e se comunicam a partir de uma fonte de expressão única: a Arte Visual “, diz Cimino.

Para ele, é natural do ser humano dividir e fragmentar, como colocar e ordenar cada coisa em seu “devido lugar”. “Mas eu não vejo dessa maneira. Para mim, tudo se inter-relaciona e se alimenta das informações que absorvemos do mundo ao redor. “

É uma forma própria de ver o mundo forjada em um ambiente familiar em que se respirava muita cultura. Literatura, cinema, teatro, design e obras de arte, todas documentadas em livros, eram paixões do pai de Cimnino, o jornalista Roberto Caetano Cimino.

As artes dos grandes mestres da pintura universal trazidas até mim pelas mãos de papai, me estimularam a ensaiar os meus primeiros traços e cores.Acredito ser essa a origem das artes plásticas em minha vida, ou seja, uma vez apresentado a elas me senti motivado e determinado a realizar as coisas com as quais me ocupo hoje. “

CASA NO VALE

A mostra abre para o público a Casa no Vale, um dos mais apaixonados trabalho do artista. Desenvolvida em formato de loft, ou seja, um amplo espaço de circulação sem paredes ou divisões, a casa contempla a ideia de um grande galpão adaptado para uma residência.

Ao mesmo tempo em que oferece espaços únicos, ambientes múltiplos no mesmo salão, é um projeto incorporado ao cenário do vale, um dos cartões postais da cidade. A vista e a vastidão dos espaços verdes à frente tornam-se elementos da construção.

A casa guarda ainda outros pontos de integração com a cidade, como a cobertura em madeira, que reaproveita material das Indústrias Matarazzo, estabelecida nos anos 40 na nossa cidade. Tornou-se um grande atelier de criação e ganha agora um status apropriado como espaço de exposição, para reunir amigos, amantes e produtores de arte.  É agora a casa de um projeto de cultura, o “Arte no Vale”.

AQUARELAS

A exposição vai reunir parte do acervo pessoal do artista, com aquarelas em duas linhas de movimentos artísticos – figurativo e abstrato -, produzidas desde os anos 90. Na primeira linha, figurativa, Cimino mostra desenhos de “vidros de tinteiros”, que remetem à leveza e ao requinte da escrita fina, e  “folhas de vegetação tropical”, que nos levam a consistência da nossa natureza exuberante.

As obras abstratas revelam o traço único. “Nuances de tons, planos e movimentos parecem deslizar nosso olhar para o universo fluido do nosso imaginário transcendente”, explica a psicóloga e pedagoga Viviane Giroto Guedes, curadora da mostra.

ENCONTRO

É o segundo grande encontro artístico de Cimino e Viviane, amigos que estiveram juntos na exposição do brasileiro Kinkas Cateano, radicado em Paris, em agosto deste ano. A atuação de Viviane como curadora foi a grande revelação daquela mostra.

A nova exposição mostra que o sucesso da primeira não foi por acaso e insere de forma definitiva Viviane no cenário das artes em Marília, que ela reencontra após produtiva carreira acadêmica no Brasil e no exterior.