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Marília atrai pesquisador de Los Angeles para estudo de dinossauros

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William Nava com Agustin Martinelli, da UFRGS, e Luis Chiappe, do Museu de Los Angeles – Divulgação
William Nava com Agustin Martinelli, da UFRGS, e Luis Chiappe, do Museu de Los Angeles – Divulgação

O coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, o paleontólogo William Nava, anunciou proposta de convênio que pode levar estudo dos fósseis de dinossauros de Marília para Los Angeles, nos Estados Unidos.

A proposta de interação dos estudos com técnicos norte-americanos foi definida em encontro realizado durante V Congresso Latino-Americano de Paleontologia de Vertebrados, realizado na cidade de Colonia del Sacramento, Uruguai.

Nava firmou parceria de estudos técnico-científicos com o paleontólogo Luiz Chiappe, do Museu de História Natural de Los Angeles, Califórnia. O paleontólogo americano deverá vir à Marília no ano que vem para conhecer o museu e os fósseis aqui coletados.

O Dinosaur Institute, Natural Hystory Museum of Los Angeles, California, EUA, já participou no financiamento da viagem do pesquisador de Marília para o Congresso, que contou também com suporte da secretaria Municipal da Cultura. William Nava apresentou fósseis coletados na região oeste do estado entre os anos 2009 e 2014.

São restos ósseos de dinossauros saurópodes -Titanossauros, dentes de dinossauros carnívoros, dentes de crocodilomorfos, placas de tartarugas, uma maxila de peixe e o primeiro registro para o oeste paulista de vértebras de serpente que viveram na época dos dinossauros, durante o Cretáceo Superior.

Oevento contou com a participação de paleontólogos do Brasil, Argentina, Colômbia, México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Reino Unido,França e África do Sul. Foram apresentados centenas de trabalhos de caráter científico, mostrando ocorrências fossilíferas de praticamente todos os períodos geológicos, com destaque para dinossauros.

“Quisemos mostrar a riqueza paleontológica desta região num evento latino americano como este. Mas principalmente mostrar o registro dos fósseis de serpente e peixe, que são difíceis de serem reconhecidos, devido ao pequeno tamanho e fragilidade também”, disse Nava.

O trabalho foi apresentado por Nava em parceria com os paleontólogos Rodrigo Santucci, da UnB – Universidade de Brasília, Agustin Martinelli, da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Annie Hsiou, da USP de Ribeirão Preto.

O Museu de Paleontologia de Marília há diversos fósseis de dinossauros, crocodilos, tartarugas, peixes e outros organismos em exposição. O Museu é aberto ao público gratuitamente de segunda a sexta das 8 h às 14h e  fica no centro da cidade, prédio da Biblioteca Municipal, entrada pela Av. Rio Branco.