100 anos de Franco Montoro 100 anos de Franco Montoro 100 anos de Franco Montoro 100 anos de Franco Montoro
100 anos de Franco Montoro

Em 2016 Franco Montoro completaria 100 anos. O legado deixado por Montoro nas diversas áreas, especialmente na política e na educação é significativo. Marília também prestará sua homenagem ao grande homem público que foi Montoro. Será no Univem, no dia 02 de setembro, sexta-feira, às 19:30h.

Para se ter ideia da importância de Montoro para o Brasil e América Latina, o Senador RodomiroTomic, do Chile, ao saudá-lo em nome dos democratas chilenos afirmou: “Para que uma nação progrida, ela precisa ter homens que sonhem, homens que pensem e homens que realizem. Na pessoa de Montoro, essas qualidades se somam. Seu exemplo, sua pregação e sua obra mostram o homem público que sonha, pensa e realiza.”

É seguindo este espírito, expresso pelo Senador, e demonstrando uma eterna gratidão pelo saudável convívio próximo que tive com ele nas suas últimas duas décadas de vida, é que escrevemos este artigo. Na convivência religiosa, merece homenagem aquele que foi mestre na arte de bem viver o cristianismo. Na vida política ajudou na construção de uma democracia participativa que fez do Brasil e da América Latina um espaço para uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.Um homem público que deixou saudades.

Montoro foi fundador da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1946. Foi o primeiro professor de Introdução ao Estudo do Direito – atualmente a nomenclatura é Introdução à Ciência do Direito – da Faculdade de Direito da PUC-SP, da qual tornou-se professor emérito nos anos 90.

Nunca deixou de ensinar aos seus alunos, na Faculdade de Direito, a teoria da razoabilidade no direito, fundada no pensamento de RicasensSiches.

Costumava ensinar a partir de uma história de um cego, mutilado de guerra e com seu cão-guia, que teve sua passagem franqueada ao entrar no parque, mesmo o porteiro sabendo que havia uma lei – cravada na tabuleta do pórtico do parque – proibindo entrada de cães naquele local.  

O mesmo porteiro proibiu uma pessoa que queria entrar no parque com um urso, lembrando o proprietário do urso que na tabuleta estava escrito: proibida a entrada de cães. Assim, ensinava o Professor, o porteiro soube interpretar a lei de forma razoável, já que a preocupação e o espírito da lei eram a segurança das pessoas no parque. Aliás, o Professor Montoro sempre afirmava: “está nas escrituras: a letra mata, o espírito vivifica.”

Por derradeiro, Montoro gostava de terminar seus discursos com a seguinte frase: “Quando sonhamos sozinhos é só um sonho; mas quando sonhamos juntos é o começo de uma nova realidade.”


Lafayette Pozzoli
Coordenador do Mestrado em Direito do Univem