
Marília - Diretrizes da SBP (sociedade Brasileira de Pediatria) fixam 37,5º como febre em crianças e listam mais orientações a profissionais e pacientes.
A primeira é básica: febre não é doença, é sinal e ansiedade dos pais e cuidadores pode gerar gastos e medos desnecessários.
“A interpretação da temperatura corporal deve ser realizada com cautela, a fim de evitar a classificação inadequada de um paciente como febril.”
O documento “Abordagem da Febre Aguda em Pediatria e Reflexões sobre a febre nas arboviroses” uniu dois departamentos científicos da SBP. Assim, tem contribuições de profissionais de Pediatria Ambulatorial e Infectologia.
A definição de febre leva em conta o aumento da temperatura corporal acima dos valores considerados normais.
“A febre, por temperatura axilar, é geralmente definida como uma temperatura igual ou superior a 37,5°C”, diz a Sociedade Brasileira de Pediatria. Veja mais esclarecimentos
– Quadro clínico da febre
- Extremidades frias
- Ausência de sudorese, sensação de frio e eventualmente tremores
- Taquicardia e taquipneia
– Variação de temperaturas
– Os menores valores medidos ocorrem na madrugada e os maiores, principalmente no fim da tarde.
– Em adultos, a amplitude dessa variação é de cerca de 0,5°C; em lactentes essa variação é maior, podendo atingir até 1°C.
– Métodos físicos são úteis para reduzir temperatura?
Não recomenda métodos físicos, como banhos ou compressas, a não ser nos casos de hipertermia, por uma temperatura central ≥ 40°C
– Quando recomendar o uso de antitérmicos?
•Deve ocorrer quando a febre está associada a desconforto evidente (choro intenso, irritabilidade, redução da atividade e de apetite.
– Quais antitérmicos usar?
No Brasil há recomendação para Paracetamol, a Dipirona e o Ibuprofeno. Não há recomendação para uso do Ácido Acetil Salicílico pelo risco de Síndrome de Reye.
– Posso alternar antitérmicos
O documento não recomenda alternar os tipos de antitérmicos. Isso pode confundir os familiares ou cuidadores e aumentar o risco de superdosagem.