Após dias de discussões de bastidores e um dos maiores rachas entre vereadores e o comando da Câmara de Marília, o Legislativo realizou uma sessão extraordinária nesta segunda com discurso de paz, adiamento de renúncias já protocoladas e operação abafa da crise.
Os vereadores Evandro Galete e João Diniz, que haviam assinado ofícios com renúncias de seus cargos na Mesa Diretora, participaram da sessão e os documentos nem foram lidos em plenário.
O presidente Marcos Rezende, centro da crise, pediu ao vereador José Carlos Albuquerque que retirasse o ofício de sua renúncia ao cargo de quarto secretário e que o documento nem precisasse ser lido.
Albuquerque insistiu na renúncia e o ofício foi apresentado com o texto na íntegra, citado o ponto alto da crise: uma manifestação de Rezende durante sessão extraordinária com criticas a vereadores que boicotaram a votação do Plano de Carreira.
Antes da leitura, Marcos Rezende já havia feito um pronunciamento em que defendeu a busca de harmonia na Câmara e pediu desculpas.
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“Aqui somos seres humanos, erramos e acertamos. Da minha parte já tive oportunidade de conversar com uma grande maioria, de me desculpar se em determinado momento cometi algum erro, faz parte, não somos seres perfeitos. Com quem eu conversei já tive oportunidade de me desculpar, com quem não conversei reitero pedidos de desculpas para que a gente possa harmonizar nossa Casa.”
Rezende já havia lido também um extenso manifesto de vereadores para que a Câmara evite marcar sessões para discutir aumento de salários ou custos da administração enquanto durarem os efeitos da crise do coronavírus.
Marcos Rezende elogiou todos os vereadores e disse que “não tem um vereador que tenha ação no sentido de errar ou de prejudicar quem quer que seja”.
Também elogiou que o grupo dos dissidentes tenha buscado alternativas para discussão do plano de carreiras e salários. “Quando os vereadores se reuniram com o prefeito Daniel Alonso e buscaram alternativa essa Casa só tem a aplaudir esse atitude.”
